São Paulo, 15 de março de 2022 – Sob receio dos impactos da guerra no
Leste europeu sobre a inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do
Banco Central (BC) começa hoje (15) a segunda reunião do ano para definir a
taxa básica de juros, a Selic. Amanhã (16), ao fim do dia, o Copom anunciará
a decisão.
Nas estimativas das instituições financeiras, o Copom deverá tirar o pé
do acelerador, apesar das pressões atuais sobre a inflação. Segundo o
boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a Selic deverá passar
de 10,75% para 11,75% ao ano, com alta de 1 ponto percentual. Nas últimas
três reuniões, o órgão elevou a taxa em 1,5 ponto a cada encontro.
Na ata da última reunião, os membros do Copom tinham sinalizado que
reduziriam o ritmo de alta da Selic porque as elevações mais recentes ainda
estão sendo sentidas pelo mercado. No entanto, a guerra entre Rússia e
Ucrânia passou a influenciar a inflação brasileira, por meio do aumento
recente dos combustíveis.
O mercado financeiro sentiu o impacto do conflito. A última edição do
boletim Focus elevou a previsão de inflação oficial pelo Indice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,65% para 6,45% em 2022, apenas por causa
da alta dos combustíveis. As próximas projeções podem subir ainda mais,
caso os aumentos se disseminem para outros produtos, como alimentos e
fertilizantes.
Para 2022, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida
pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5%, com intervalo de tolerância de
1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e
o superior, 5%. Os analistas de mercado consideram que o teto da meta será
estourado pelo segundo ano consecutivo.
As informações são da agência Brasil.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 01/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,07Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.640,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,25Preço base - Integração
Atualizado em: 31/07/2025 11:10