ECONOMIA: Decepção com estímulos na China pesa e Ibovespa reduz alta

Porto Alegre, 19 de janeiro de 2016 – O Ibovespa sobe 0,91%, a 38.283,54
pontos, reduzindo o ritmo de alta observado mais cedo, refletindo a decepção
dos investidores externos com a ausência de um anúncio de novos estímulos ao
crescimento econômico na China. “O fato de não haver novidades desapontou o
mercado e colaborou para que as altas nas bolsas mundiais se reduzissem”, disse
o gerente da mesa de operações da H. Commcor, Ari Santos.

As ações da Petrobras (PETR4; -0,20%, a R$ 4,79) passaram da máxima
de R$ 5,05 à mínima de R$ 4,69 influenciadas também pelo comportamento do
preço do barril de petróleo, que perdeu força após notícias de que o Irã
concedeu descontos aos consumidores europeus. Santos disse que a estatal também
sofre com as perspectivas negativas para a companhia e os sinais de que a
empresa terá de ser capitalizada pelo governo.

O sócio-consultor da Bifulco Associados, Carlos Alberto Bifulco, destacou
que neste momento o Ibovespa recebe suporte da Vale (VALE5; 4,89%, a R$ 7,29) e
dos papéis do setor bancário, que pode ser beneficiado caso o Banco Central
(BC) opte pela elevação da Selic em 0,25 ponto percentual na reunião que
termina amanhã.

“Este efeito da China nos mercados hoje é muito pontual, pois a
tendência de desaceleração da economia prevalece. Além disso, ainda se corre
o risco de o banco central dos Estados Unidos elevar a taxa de juros. No
mercado doméstico, as previsões para a economia também não são positivas,
considerando que o FMI revisou sua projeção para o PIB do Brasil para queda
maior [de 3,5%]”, disse Bifulco.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

Copyright 2016 – Grupo CMA