Porto Alegre, 26 de novembro de 2015 – O fato de dois integrantes do Banco
Central votarem por um aperto de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros,
ontem, sugere que o mais recente aumento da inflação assustou alguns membros
do Comitê de Política Monetária (Copom). É o que avalia, em relatório, o
economista-chefe de mercados emergentes da Capital Economics, Neil Shearing.
Ele lembra que a decisão do Copom de manter a Selic em 14,25% ao ano era
esperada. Porém, nas duas reuniões anteriores, a manutenção do juro básico
foi uma decisão unânime, emenda. “Desta vez, dois dos oito membros do Comitê
votaram por um aumento da taxa”, completa Shearing.
O economista avalia ainda que o comunicado que se seguiu à decisão de
manutenção foi “ainda mais curto do que o habitual e lança pouca luz sobre o
pensamento atual dos formuladores de política monetária”. Shearing chama a
atenção para o fato de o BC sequer dizer que se mantém vigilante sobre os
riscos de inflação e tampouco dar pistas sobre o horizonte com o qual trabalha
para a convergência da inflação à meta.
“Mesmo assim, é bastante claro que o mais recente aumento da inflação
quebrou o consenso do Copom e provocou um debate sobre se um aperto adicional é
necessário”, afirma. Por ora, o economista se mostra a favor da manutenção
da Selic, uma vez que não há sinais de melhora na recessão econômica. “De
qualquer forma, cortes na taxa para ajudar a atividade em dificuldades estão
claramente fora da agenda”, conclui. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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