Porto Alegre, 16 de novembro de 2018 – O crescimento econômico da zona do
euro perdeu força nos últimos meses, pressionado entre outras coisas pelo
enfraquecimento do comércio global, mas isso não significa o fim da
recuperação, afirmou o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario
Draghi, durante discurso num evento em Frankfurt.
“Certamente não há nenhuma razão para que a expansão da zona do euro
acabe abruptamente. Uma desaceleração gradual é normal quando a expansão
atinge a maturidade e o crescimento converge na direção do potencial de longo
prazo”, afirmou Draghi no Congresso Bancário Europeu. “No entanto, a
expansão da zona do euro ainda é relativamente curta em duração e pequena em
tamanho”.
Ele explica que, desde 1975, houve cinco sequências de crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB) na zona do euro, e o tempo médio para que o
indicador fosse do ponto mais baixo ao mais alto, em cada ocasião, foi de 31
trimestres, com alta de 21% no PIB neste intervalo. A atual recuperação
econômica tem apenas 22 trimestres de duração e o PIB só subiu 10% até
agora.
Para Draghi, há duas razões principais para a desaceleração do
crescimento. A primeira são fatores pontuais, não recorrentes, que tiveram um
papel importante este ano. É o caso das variações climáticas e de novas
regulações no setor automobilístico, que afetaram principalmente a
produçãona Alemanha. O segundo motivo é o enfraquecimento do comércio
global, que pode se prolongar diante do crescente protecionismo.
“Estamos testemunhando uma desaceleração de longo prazo do comércio
mundial. Alguns dos fatores que antes guiaram a rápida expansão, como
liberalização comercial e criação de cadeias de valor globais, se
dissiparamdesde a crise financeira”, disse Draghi. “Também estamos vendo uma
correção cíclica após o crescimento muito forte do comércio no ano
passado”. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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