Porto Alegre, 19 de abril de 2022 – A economia norte-americana deve
crescer abaixo do previsto este ano e no próximo graças à combinação da
guerra na Ucrânia, que pressiona os preços das commodities, e à crescente
inflação vivenciada no país, segundo relatório do Fundo Monetário
Internacional (FMI) com projeções revisadas.
“Imediatamente após a invasão, as saídas de capital aumentaram
acentuadamente de mercados emergentes e economias em desenvolvimento, apertando
as condições financeiras para mutuários vulneráveis e importadores líquidos
de commodities”, diz o FMI.
Sob esse cenário, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos
crescerá 3,3% em 2022, abaixo dos 3,9% previstos em janeiro, e em 2023, a
estimativa passou de expansão de 2,6% para 2,4%. Em 2021, a economia do país
cresceu 5,2%.
“A previsão para os Estados Unidos já tinha sido rebaixada em janeiro,
em grande parte refletindo a não-aprovação do pacote de política fiscal
Build Back Better e interrupções contínuas da cadeia de suprimentos”, diz o
FMI. “A previsão menor para 2022 na rodada atual reflete a retirada mais
rápida do apoio monetário do que na projeção anterior”, diz o FMI.
O mercado de trabalho ficou significativamente mais apertado nos Estados
Unidos, apesar da baixa taxa de desemprego. Deficiências nas cadeias de
fornecimento globais impactaram o setor, e os salários reais caíram em geral
porque a inflação dos preços ao consumidor aumentou mais rápido do que
salários nominais.
“O aperto monetário surpresa nos Estados Unidos tem sido associado a
reversões de fluxo de capital de mercados emergentes e economias em
desenvolvimento, ampliação de spreads, depreciações cambiais e condições
financeiras externas mais apertadas”, diz o FMI.
Já o déficit na balança comercial norte-americana deve persistir,
segundo o FMI. O motivo é em parte relacionado à continuidade do apoio fiscal
de grande porte – e maiores superávits entre seus principais parceiros
comerciais, notadamente a China e a zona do euro.
“A forte recuperação do preço do petróleo em 2021 também contribuiu
para a ampliação dos excedentes externos para os exportadores e déficits para
importadores. Saldos da conta corrente são esperados que permaneçam elevados
no curto prazo”, diz o FMI.
Sobre a inflação no país, que disparou nos últimos meses, o Fundo diz
ela se fortaleceu consideravelmente. “A inflação ficou mais robusta mesmo
antes do início do conflito na Ucrânia – fortalecida pelos grandes incentivos
do governo”, diz o FMI.
As informações são da Agência CMA.
Revisão: Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência
SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45