ECONOMIA: Ibovespa cai 1% em reação ao “não” grego e revê níveis de março

Porto Alegre, 6 de julho de 2015 – O dia seguinte à vitória do
“não” é de perdas na Bolsa brasileira, em linha com a queda dos mercados no
exterior e a despeito da tentativa de melhora dos negócios locais ao final da
manhã. No meio da tarde de hoje, o Ibovespa caía pouco mais de 1%, sendo
negociado na casa dos 51 mil pontos, nível visto pela última vez em março.

Um operador da mesa de renda variável afirma que os investidores
estão atuando mais fortemente na ponta vendedora, em meio à onda de aversão
ao risco causada após a consulta popular na Grécia rejeitar os termos do
acordo de resgate, elevando as incertezas em relação ao futuro do país na
zona do euro.

Porém, o economista da Elite Corretora, Hersz Ferman, lembra que o
mercado já vinha precificando, em grande parte, o cenário de um calote grego.
Por isso, ele acredita que, embora o não pagamento da dívida pelo governo de
Atenas ainda não seja oficial, qualquer sinalização nesse sentido “não é
algo totalmente fora do esperado”.

Assim, as ações com maior liquidez são alvo da saída de recursos por
parte dos players, mas os papéis ligados às commodities são destaque de
queda, diante do recuo acentuado dos preços do petróleo e dos metais básicos
no exterior. Às 15h23, o Ibovespa recuava 1,07%, aos 51.959,49 pontos;
Petrobras PN (PETR4) e Vale PNA (VALE5) perdiam 2,47% e 2,03%, respectivamente.
As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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