Porto Alegre, 2 de março de 2015 – O Ibovespa encerrou em queda superior
a 1%, pressionado pela desvalorização de papéis importantes, como Vale e
Petrobras, diante dos receios com a situação da China e também com o retorno
das dúvidas com o ajuste fiscal prometido pelo governo para este ano.
“A China anunciou corte nas taxas de juros, mas isso aumenta a
percepção de que o país realmente não está bem. Isso é ruim do ponto de
vista das empresas de commodities, como a Vale. Além disso, Petrobras cai forte
novamente, ajudando o índice a ficar no campo negativo”, afirma Elad Victor
Revi, analista de investimentos da Spinelli Corretora.
Para Álvaro Bandeira, economista-chefe da Órama Investimentos, também
ganhou força no mercado o receio de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy,
encontre problemas para continuar o ajuste fiscal após a presidente Dilma
Rousseff ter afirmado que o ministro se expressou mal em relação às
desonerações da folha de pagamento.
“A bronca que Dilma deu no Levy levanta a suspeita de que será difícil
fazer o ajuste fiscal e, além disso, tivemos um grande banco [Credit Suisse]
recomendando a venda dos papéis da Vale e reduzindo o preço-alvo dos ADRs para
US$ 7”, disse ele, referindo-se aos recibos de ação da companhia negociados
em Nova York.
O Ibovespa encerrou em queda de 1,09%, a 51.020,81 pontos. O volume
negociado aproximado foi de R$ 5,241 bilhões.
PERSPECTIVA
Para amanhã, dia de agenda de menor relevância e impacto, ambos os
analistas ouvidos pela Agência CMA apostam em uma permanência da cautela do
investidor, que deve buscar ativos de menor risco.
“A percepção de que a economia brasileira continua andando de lado vai
continuar gerando uma busca por ativos mais seguros. O investidor deve, por
isso, ser cauteloso”, diz Revi.
Apesar da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ter
início amanhã, os analistas acreditam que a influência sobre os negócios
será baixa, já que a decisão sobre a Selic (taxa básica de juros) será
divulgada apenas na quarta-feira (4).
“Sem muitos dados no dia, o estresse interno vai determinar o ritmo do
índice. Se melhorar a percepção de risco, pode haver melhora, mas o mercado
vai digerir as questões internas e precificar. Se não houver melhora, vai
continuar cedendo”, diz Bandeira. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45