ECONOMIA: Ibovespa sobe 1,5%, após alívio com Grécia e China

Porto Alegre, 10 de julho de 2015 – O renovado otimismo em relação a um
acordo para a Grécia combinado com a recuperação firme da Bolsa de Xangai
nos últimos dois dias abre espaço para uma correção técnica do Ibovespa,
ajustando a queda exagerada da sessão da quarta-feira. Por volta das 12h10, o
índice à vista subia 1,45%, aos 52.531,60 pontos.

O economista da Modal Corretora, Álvaro Bandeira, afirma que o
cenário externo acalmou e isso facilita uma retomada da Bolsa brasileira hoje.
Contudo, ele pondera que esperava uma alta mais forte, uma vez que ontem os
mercados internacionais tiveram ganhos firmes, enquanto o Ibovespa seguiu
fechado, devido a um feriado estadual em São Paulo.

Para Bandeira, fatores locais inibem um maior apetite por risco entre
os investidores. “O cenário interno é extremamente complicado, com o
político dominando o econômico”, ressalta. Segundo um operador da mesa de
renda variável de uma corretora paulista, os “gringos” estão atuando de modo
equilibrado hoje, com ordens nas pontas compradora e vendedora.

Entre as ações, destaque para a alta de quase 3% nas ações
ordinárias da Vale (VALE3), diante da recuperação dos preços do minério de
ferro. Na Petrobras, os papéis ON (PETR3) e PN (PETR4) avançam cerca de 2,3%,
cada, em meio ao acolhimento parcial dos argumentos da companhia em processo em
Nova York. O setor financeiro também sobe em bloco.

Bandeira acredita que o Ibovespa deve manter os ganhos na faixa de 1%
até o fim do dia, mesmo após a fala da presidente do Federal Reserve, Janet
Yellen, às 13 horas. Se confirmado, o índice à vista encerrará a semana com
uma desvalorização residual, depois de perder quase 1,5% desde a última
sexta-feira até a véspera do feriado, ontem.

“A Yellen não deve clarear nada além do que já trouxe a ata”, avalia
Bandeira. Ele lembra que o documento descartou de vez a possibilidade de o
primeiro aperto na taxa de juros norte-americana ocorrer em setembro, deixando
ainda dezembro em aberto. “Mas com o burburinho de Grécia e China nesta
semana, (o movimento) fica adiado para 2016”, completa. As informações partem
da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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