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ECONOMIA: IGP-M tem inflação de 0,50% em outubro Soja em grão cai 2,45%

30 de outubro de 2023
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Porto Alegre, 30 de outubro de 2023 – O Indice Geral de Preços Mercado (IGP-M) registrou uma
variação de 0,50% em outubro, demonstrando um aumento em relação ao mês anterior, quando
apresentou uma alta de 0,37%. Com esse desempenho, o índice acumula uma taxa de -4,46% no ano e de
-4,57% nos últimos 12 meses. Em outubro de 2022, o índice tinha registrado uma queda de 0,97% e
acumulava uma alta de 6,52% nos 12 meses anteriores.

“A taxa do índice ao produtor continua em aceleração, influenciada pelo aumento nos preços
de importantes commodities, como bovinos (de -10,11% para 6,97%), açúcar VHP (de -2,70% para
12,88%) e carne bovina (-4,55% para 3,85%). Essas mudanças, que afetam parcialmente os itens que
impactam os preços dos produtos finais no varejo, em breve contribuirão para atenuar a deflação
observada no grupo Alimentação do IPC (de -0,60% para -0,39%). Esta classe de despesa tem atuado
como um elemento de estabilização, impedindo que a inflação ao consumidor acelere em 2023”,
afirmou André Braz, Coordenador dos Indices de Preços.

O Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou um aumento de 0,60% em outubro, superior a
alta ocorrida em setembro, de 0,41%. Quando analisamos os estágios de processamento, notamos que a
taxa do grupo de Bens Finais apresentou um acréscimo de 0,06% em outubro, em contraste com a queda
de 0,03% no mês anterior. O principal fator que contribuiu para esse resultado foi o subgrupo de
alimentos processados, cuja taxa passou de -0,74% para 0,49% no mesmo período. O índice referente
a Bens Finais (ex) (excluindo os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para o consumo)
variou 0,28% em outubro, após uma queda de 0,27% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários apresentou uma variação de 0,69% em outubro, marcando uma
desaceleração em comparação ao aumento de 1,50% registrado no mês anterior. O principal fator
que influenciou esse movimento foi o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção,
cuja taxa passou de 15,04% para 2,32%. O índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo
de combustíveis e lubrificantes para a produção) variou 0,38% em outubro, em contraste com a
queda de 0,71% observada em setembro.

O estágio das Matérias-Primas Brutas registrou um aumento de 1,06% em outubro, revertendo a
queda de 0,38% que havia sido observada em setembro. Os principais contribuintes para essa mudança
na taxa do grupo foram os seguintes itens: bovinos (-10,11% para 6,97%), cana-de-açúcar (-0,62%
para 2,59%) e milho em grão (-4,22% para 1,05%). Por outro lado, alguns itens apresentaram um
movimento oposto, destacando-se: soja em grão (2,33% para -2,45%), minério de ferro (6,53% para
4,91%) e mandioca/aipim (-0,60% para -4,80%).

As informações são da Fundação Getúlio Vargas.

Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS

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