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ECONOMIA: Indice de Preços ao Produtor do Brasil sobe 1,79% em outubro-IBGE

29 de novembro de 2017
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Porto Alegre, 29 de novembro de 2017 – Em outubro de 2017, os preços das
indústrias extrativas e de transformação subiram 1,79% em relação ao mês
anterior, a maior variação positiva nessa comparação desde setembro de 2015
(2,99%). Entre as 24 atividades, 19 apresentaram variações positivas de
preços, mesma situação do mês anterior. O acumulado no ano ficou em 2,27%,
contra 0,47% de setembro.

O Indice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de
Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de
fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes
categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo
(duráveis e semiduráveis e não duráveis).

Em outubro, o acumulado no ano atingiu 2,27%, contra 0,47% em setembro de
2017. Neste indicador, as atividades que tiveram as maiores variações foram:
refino de petróleo e produtos de álcool (11,18%), indústrias extrativas
(10,17%), metalurgia (9,58%) e papel e celulose (8,80%).

Ainda no acumulado, os setores de maior influência foram: alimentos (-1,59
p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (1,12 p.p.), metalurgia (0,70
p.p.) e outros produtos químicos (0,55 p.p.).
Na comparação com outubro de 2016, a variação de preços foi de 4,41%,
contra 2,66% em setembro de 2017. As quatro maiores variações de preços
ocorreram em indústrias extrativas (34,66%), metalurgia (16,10%), refino de
petróleo e produtos de álcool (14,13%) e papel e celulose (10,31%). Os setores
de maior influência foram: alimentos (-1,53 p.p.), refino de petróleo e
produtos de álcool (1,41 p.p.), metalurgia (1,14 p.p.) e indústrias extrativas
(1,06 p.p.).

Em outubro de 2017, a variação de preços de 1,79% frente a setembro
repercutiu da seguinte maneira entre as Grandes Categorias Econômicas (Tabela
4): 1,09% em bens de capital; 2,75% em bens intermediários e 0,44% em bens de
consumo (0,03% em bens de consumo duráveis e 0,57% nos semiduráveis e não
duráveis).

A influência do resultado da indústria geral (1,79%) nas Grandes
Categorias Econômicas foi a seguinte: 0,09 p.p. de bens de capital, 1,54 p.p.
de bens intermediários e 0,16 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de
consumo, 0,15 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de
consumo semiduráveis e não duráveis e 0,01 p.p. nos bens de consumo
duráveis.

No acumulado no ano da indústria foi de 2,27%, sendo 1,99% a variação de
bens de capital (com influência de 0,17 p.p.), 3,86% de bens intermediários
(2,15 p.p.) e -0,14% de bens de consumo (-0,05 p.p.). No último caso, este
resultado foi influenciado em 0,31 p.p. pelos produtos de bens de consumo
duráveis e -0,36 p.p. pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Em outubro, o acumulado dos últimos 12 meses na indústria alcançou
4,41%, com as seguintes variações: bens de capital, 3,61% (0,31 p.p.); bens
intermediários, 6,53% (3,62 p.p.); e bens de consumo, 1,35% (0,48 p.p.), sendo
que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,40 p.p. e a de bens de
consumo semiduráveis e não duráveis de 0,09 p.p.
Sete setores se destacam no mês de outubro

Indústrias extrativas: alta de 9,41% em relação a setembro. O acumulado
do ano ficou positivo (10,17%) pelo segundo mês consecutivo. Na comparação
com outubro de 2016, houve variação positiva de 34,66%. A atividade manteve a
tendência de alta em seus preços principalmente pela variação observada no
preço de commodities, ao longo de 2017.

Alimentos: pela segunda vez no ano, a taxa observada na comparação entre
o mês atual (outubro) e o anterior foi positiva, 0,86% (em maio, 0,40%). É a
maior taxa positiva desde setembro de 2016 (0,98%). Apesar disto, a variação
acumulada no ano continua negativa (-7,45%) desde janeiro. Na comparação com
outubro de 2016, a variação também é negativa, -7,04%, a quinta variação
consecutiva negativa nesta comparação.

Entre os produtos destacados na comparação com o mês anterior,
“açúcar refinado de cana” e “resíduos da extração de soja” aparecem
tanto em termos de variação quanto de influência. O primeiro com variação
negativa e o outro com variação positiva. Junto aos dois aparecem “carnes de
bovinos frescas ou refrigeradas” e “óleo de soja em bruto, mesmo degomado”,
ambos com impacto positivo. A influência dos quatro produtos soma 0,56 p.p. (em
0,86%).

Nos acumulados no ano e nos 12 meses, todos os produtos com influência
destacada pressionaram negativamente as variações de preços, com exceção de
“sucos concentrados de laranja”. Entre os produtos, sobressaírem dois
derivados de cana-de-açúcar (“açúcar cristal” e “açúcar demerara,
inclusive açúcar VHP”) e dois de soja (“óleo de soja refinado” e
“resíduos da extração de soja”).

Apesar do aumento observado em outubro, em relação ao resultado das
indústrias extrativas e de transformação, o destaque do setor se deveu às
influências negativas nos acumulados no ano (a maior, -1,59 p.p., em 2,27%) e
em 12 meses (novamente a maior, -1,53 p.p., em 4,41%).

Papel e celulose: variação mensal positiva (2,58%) pelo terceiro mês
consecutivo. O indicador acumulado do ano manteve-se positivo (8,80%), conforme
já vinha ocorrendo desde abril de 2017. Comparativamente a outubro de 2016, o
acumulado em 12 meses foi a 10,31%. Os preços da “celulose” tiveram destaque
na influência sobre os três indicadores da atividade.

Refino de petróleo e produtos de álcool: ao longo de 2017, o setor
apresentou cinco variações negativas de preços e, como agora em outubro
(3,21%), cinco positivas. Apesar desse aparente equilíbrio, a variação
acumulada no ano, de 11,18%, é a maior da série, ou seja, nem mesmo num
fechamento de ano houve uma variação positiva desta magnitude.

Na série das comparações com igual mês do ano anterior, é a maior taxa
observada, 14,13%. O número-índice, 120,28, é também o maior da série. A
título de ilustração, enquanto, desde dezembro de 2013, os preços do setor
variaram em 20,28%, no conjunto das indústrias extrativas e de transformação
a variação foi de 16,20%.

Os quatro produtos de maior influência no resultado mensal são derivados
de petróleo, todos com variação positiva de preços. A influência foi de
3,07 p.p. (em 3,21%).

Outros produtos químicos: os preços do setor variaram, em média, 4,23%,
sexta variação positiva de preços da atividade no ano, fazendo com que o
patamar de preços acumulados no ano da atividade fique em 5,96% e 6,22% nos 12
meses.

Estes resultados devem ser vistos à luz de uma pressão de alta nos
preços dos produtos químicos, em parte em função de interrupções de
operações em algumas plantas que foram afetadas pelos problemas climáticos
recentes em outros países.

Produtos importantes como “adubos ou fertilizantes à base de NPK” têm o
preço ligado àqueles praticados no exterior, haja vista que a oferta interna
é limitada. O aumento dos preços das matérias-primas, especialmente
produzidas na China, elevou o valor das vendas de produtos como “sulfato de
amônio ou ureia” e “amoníaco”.

Entre os destaques, em termos de variação positiva de preços, aparecem
os produtos “amoníaco”, “estireno”, “oxigênio” e “sulfato de amônio ou
ureia”. Já, em termos de influência, também com todos os quatro produtos em
destaque nos resultados sendo positivos, aparecem: “adubos ou fertilizantes à
base de NPK”, “etileno não saturado”, “propenos não saturado” e
“sulfato de amônio ou ureia”, com influência de 2,44 p.p. nos 4,23%.

Metalurgia: ao comparar os preços de outubro contra setembro, houve uma
variação de 2,82%, sétimo resultado positivo no ano e que resultou em uma
variação de 9,58% no ano e, nos últimos 12 meses, de 16,10%. Neste último
caso, foi a maior variação da indústria de transformação e a segunda do
índice geral. Em setembro de 2016 o setor metalúrgico recuava (-2,44%) no
acumulado em 12 meses e agora foi alcançado o pico de variação nesta
comparação.

Todos produtos que mais influenciaram os resultados no mês contra mês
anterior, apresentaram resultados positivos e aparecem três dos produtos de
maior peso na atividade: “alumínio não ligado em formas brutas”, “bobinas a
frio de aços carbono, não revestidos”, “bobinas a quente de aços ao
carbono, não revestidos” e “bobinas ou chapas de aços inoxidáveis,
inclusive tiras”.

Entre os 22 produtos selecionados para a pesquisa, esses quatro produtos
representaram 1,99 p.p. da variação no mês, ou seja, os demais 18 produtos
influenciaram em 0,83 p.p.

Veículos automotores: os preços do setor, em relação a setembro,
variaram em 0,36%, variação menor do que a observada no mês anterior (0,67%).
Com isso, no acumulado no ano, os preços variaram 4,05%, valor que é maior do
que se observava em outubro de 2016 (2,81%), mas menor do que o de 2015
(5,92%). Na comparação com o outubro de 2016, a variação foi de 5,15%. Com
informações da assessoria de imprensa do IBGE.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Pamplona* base suíno leitão

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