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ECONOMIA: Indice de Preços ao Produtor (IPP) de agosto fica em 0,97% – IBGE

25 de setembro de 2015
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Porto Alegre, 25 de setembro de 2015 – Em agosto de 2015, os preços da
indústria variaram 0,97% em relação ao mês anterior, resultado superior ao
de julho (0,72%). O acumulado no ano foi de 4,63% em agosto, contra 3,63% em
julho. O acumulado em 12 meses foi de 7,27%, contra 6,71% em julho. Entre as 24
atividades das indústrias extrativas e de transformação, 20 apresentaram
variações positivas de preços.

O Indice de Preços ao Produtor (IPP) mede a evolução dos preços de
produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes. A partir deste mês,
o IBGE começa a divulgar o Indice de Preços ao Produtor das Indústrias
Extrativas e de Transformação, ampliando o âmbito da pesquisa, que passa a
incluir empresas das indústrias extrativas, com nova série histórica iniciada
em janeiro de 2014. Também passam a ser divulgadas as informações por
grandes categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e
bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis).

Em agosto, a variação dos preços da Indústria Geral em relação ao mês
anterior foi de 0,97%, resultado acima do observado em julho (0,72%). Nessa
mesma comparação, 20 das 24 atividades tiveram variações positivas de
preços, contra 17 do mês anterior.

As quatro maiores variações de agosto foram nas seguintes atividades:
Indústrias extrativas (-8,70%), outros equipamentos de transporte (6,83%), fumo
(6,67%) e papel e celulose (3,96%). Quanto à influência, em pontos
percentuais (p.p.) e em relação com o mês anterior, os destaques foram
alimentos (0,32 p.p.), Indústrias extrativas (-0,29 p.p.), outros equipamentos
de transporte (0,16 p.p.) e papel e celulose (0,15 p.p.).

O acumulado no ano atingiu 4,63%, contra 3,63% em julho. As atividades com
as maiores variações acumuladas foram: outros equipamentos de transporte
(24,52%), fumo (22,66%), papel e celulose (16,99%) e madeira (13,11%). Os
setores que mais influenciaram o acumulado no ano foram: outros produtos
químicos (0,93 p.p.), alimentos (0,79 p.p.), papel e celulose (0,58 p.p.) e
outros equipamentos de transporte (0,52 p.p.).

Já o acumulado em 12 meses chegou a 7,27%, contra 6,71% em julho. As
quatro maiores variações de preços ocorreram em outros equipamentos de
transporte (36,74%), fumo (35,90%), papel e celulose (25,95%) e madeira
(22,53%). Os setores de maior influência nesse acumulado foram: alimentos (1,43
p.p.), outros produtos químicos (1,17 p.p.), veículos automotores (0,91 p.p.)
e Indústrias extrativas (-0,88 p.p.).

As variações das grandes categorias econômicas, em relação ao mês
anterior foram: 2,44% em bens de capital; 0,81% em bens intermediários; e 0,86%
em bens de consumo, sendo 0,78% em “bens de consumo duráveis” e 0,88% em
“bens de consumo semiduráveis e não duráveis”.

A influência das grandes categorias econômicas no resultado da indústria
(0,97%) foi: 0,21 p.p. de bens de capital, 0,46 p.p. de bens intermediários e
0,29 p.p. de bens de consumo, com 0,06 p.p. em “bens de consumo semiduráveis
e não duráveis” e 0,23 p.p. nos “bens de consumo duráveis”.

No ano, a indústria acumulou variação de 4,63%, sendo 9,46% em bens de
capital (com influência de 0,80 p.p.), 4,58% em bens intermediários (2,61
p.p.) e 3,53% em bens de consumo (1,22 p.p.). No último caso, este aumento foi
influenciado em 0,41 p.p. pelos produtos de “bens de consumo duráveis” e
0,81 p.p., pelos “bens de consumo semiduráveis e não duráveis”.

Em 12 meses, as grandes categorias econômicas acumularam as seguintes
variações: bens de capital, 14,47% (1,20 p.p.); bens intermediários, 6,39%
(3,67 p.p.); e bens de consumo, 7,01% (2,40 p.p.), sendo que a influência de
“bens de consumo duráveis” foi de 0,69 p.p. e a de “bens de consumo
semiduráveis e não duráveis” de 1,72 p.p.

20 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços
A seguir, as atividades que se destacaram em agosto, com suas variações
em cada uma das comparações:

Extrativas: em agosto, os preços das indústrias extrativas recuaram, em
média, em 8,70%, quarta maior taxa negativa da série que teve início em
janeiro de 2014. Com o resultado de agosto, o acumulado no ano chegou a – 6,50%
e o em 12 meses a – 21,60%. Na série dos acumulados em 12 meses, todos os
resultados são negativos.

Alimentos: em agosto de 2015, os preços dos alimentos variaram, em média,
1,68%, segundo maior resultado no ano (1,70% em março de 2015). Com isso, até
agosto houve uma variação acumulada de 4,17%, resultado que só foi
suplantado recentemente pelo de dezembro de 2013 (6,80%). A comparação mês
contra mesmo mês do ano anterior, em agosto, foi de 7,57%, maior resultado
observado entre maio de 2014 (9,20%) e este.

Os produtos de maior influência são: ‘carnes de bovinos congeladas’,
‘resíduos da extração de soja’, ‘sucos concentrados de laranja’ e ‘óleo
de soja refinado’, todos com variações positivas de preços. Os quatro
produtos de maior influência respondem por 1,17 p.p. da variação de 1,68%.

Com a desvalorização cambial (aproximadamente 9,0% em agosto, 33,0% ao
longo de 2015 e 55,0% em doze meses), produtos voltados à exportação estão
entre os mais influentes nas várias comparações. Nesse sentido, justifica-se
a influência positiva de ‘sucos concentrados de laranja’, ‘carne de bovino
congelada’ e mesmo a ‘carne de bovino fresca ou refrigerada’ e os derivados
de soja. Mas outros fatores também influenciam esses preços, como os problemas
de oferta da soja americana, a entressafra atual de soja e o retorno da carne
brasileira ao mercado da China.

Papel e Celulose: a variação de preços em agosto, de 3,96%, é a quarta
maior da série, que teve seu ápice em março de 2015 (4,94%). Entre as
indústrias de transformação, o setor teve o terceiro maior aumento de preços
no mês; o terceiro maior aumento acumulado no ano (16,99%) e o terceiro maior
aumento (25,95%) acumulado em 12 meses. Comparado a julho (1,14%), o índice de
agosto teve um aumento de 2,82 p.p.

Com o desempenho de agosto, a indústria de papel e celulose influiu em
0,15 p.p. no aumento de 1,25% das indústrias de transformação, ficando atrás
apenas de “Produtos Alimentícios” (0,32 p.p.) e “Outros Equipamentos de
Transporte” (0,16 p.p.).

Os produtos do setor que tiveram maior influência na variação de agosto
foram “celulose”, “papel kraft para embalagem não revestido”, “papel
para escrita, impressão e outros usos gráficos, não revestidos de matéria
inorgânica” e ‘fraldas descartáveis”. Em conjunto, da variação de
3,96%, estes produtos tiveram influência de 3,84 p.p.

Outros produtos químicos: a indústria química teve alta de preços pelo
terceiro mês seguido, neste caso de 1,07%; acumulando 8,92% no ano (maior taxa
neste tipo de comparação em toda série do IPP) e 11,17% em 12 meses.
A indústria dos produtos petroquímicos básicos e intermediários para
plastificantes, resinas e fibras é ligada aos valores internacionais e aos
preços da nafta, que tiveram queda entre dezembro de 2014 e março de 2015, mas
se recuperaram nos últimos meses. Também merecem menção os produtos
químicos inorgânicos, especificamente aqueles ligados à fabricação de
adubos e fertilizantes, que tendem a seguir os preços internacionais.

Além do aumento da nafta, o setor apresentou uma elevação dos custos
associados à energia, à compra de matérias-primas e aos custos atrelados à
cotação do dólar (desvalorização do real frente ao dólar em 55,0%, nos
últimos 12 meses).

Os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente
anterior representaram 0,26 p.p. no resultado de 1,07%, ou seja, os demais 28
produtos contribuíram com 0,81 p.p.

Veículos automotores: em agosto, a variação foi de 0,93%, a segunda
maior do ano (1,33%, em janeiro). Com isso, o setor acumula, no ano, uma
variação de 4,50% e em 12 meses, 8,58%. Neste último caso, é a segunda maior
variação da série (8,61%, em maio de 2015), que teve início em dezembro de
2010. Esse setor exerceu a terceira maior (0,91 p.p. em 7,27%) sobre o acumulado
em 12 meses entre todas as atividades da indústria.

Dois produtos são destaques em termos de variação e de influência: ‘caixas
de marcha para veículos automotores’ e ‘chassis com motor para ônibus ou
para caminhões’. Em termos de influências, os outros dois são: ‘automóveis
para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer
potência’ e ‘peças para motor de veículos automotores’. Em conjunto, os
quatro produtos influenciam o resultado de 0,93% em 0,74 p.p.

Outros equipamentos de transporte: em agosto de 2015, os preços do setor
subiram 6,83% em relação ao mês anterior, com influência, em grande parte,
da taxa de câmbio.

Em agosto o setor teve aumento de preços para todos os índices analisados
(mês contra mês anterior, acumulado no ano e acumulado nos últimos doze
meses) e seus resultados foram os maiores para os acumulados no ano (24,52%) e
nos doze meses (36,74%) desde o início da série, em dezembro de 2009. As
informações partem do IBGE.

Revisão: Tarcila Mendes (tarcila.freitas@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Alibem - base suíno leitão

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Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

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Pamplona* base suíno leitão

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