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ECONOMIA: Indice de preços ao produtor varia 0,43% em fevereiro – IBGE

28 de março de 2017
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Porto Alegre, 28 de março de 2017 – O Indice de Preços ao Produtor teve
variação de -0,43% em fevereiro em comparação com o mês anterior, abaixo
dos 0,30% registrados em janeiro, segundo informações do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as 24 atividades das indústrias
extrativas e de transformação, 11 apresentaram variações positivas de
preços, contra dez do mês anterior. O acumulado no ano ficou em -0,13%, contra
0,30% de janeiro. O acumulado em 12 meses foi de 1,54%, contra 1,34% de
janeiro.

O Indice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de
Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de
fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes
categorias econômicas, ou seja, bens de capital, bens intermediários e bens de
consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis).

Em fevereiro de 2017, a variação de preços de -0,43% frente a janeiro
repercutiu da seguinte maneira entre as Grandes Categorias Econômicas: -0,30%
em bens de capital; -0,36% em bens intermediários; e -0,58% em bens de consumo,
sendo que 0,00% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e
-0,76% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

A influência das Grandes Categorias Econômicas foi a seguinte: -0,03 p.p.
de bens de capital, -0,20 p.p. de bens intermediários e -0,21 p.p. de bens de
consumo. No caso de bens de consumo, -0,21 p.p. se deveu às variações de
preços observadas nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,00
p.p. nos bens de consumo duráveis.

Na perspectiva do acumulado no ano (mês atual contra dezembro do ano
anterior), as variações de preços da indústria acumularam, até fevereiro,
variação de -0,13%, sendo -0,48% a variação de bens de capital (com
influência de -0,04 p.p.), 0,58% de bens intermediários (0,32 p.p.) e -1,16%
de bens de consumo (-0,41 p.p.). No último caso, este aumento foi influenciado
em 0,06 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e -0,47 p.p., pelos
bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

No acumulado em 12 meses, a variação de preços da indústria alcançou,
em fevereiro, 1,54%, com as seguintes variações: bens de capital, -2,81%
(-0,25 p.p.); bens intermediários, 1,73% (0,97 p.p.); e bens de consumo, 2,33%
(0,82 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,20
p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 0,62 p.p.

Em fevereiro/2017, 11 das 24 atividades industriais apresentaram
variações positivas de preços, contra dez do mês anterior. As quatro maiores
variações observadas em fevereiro/2017 se deram entre os produtos
compreendidos nas seguintes atividades industriais: indústrias extrativas
(-5,06%), metalurgia (2,96%), impressão (-2,29%) e fumo (-2,01%).

Em termos de influência, na comparação entre fevereiro/2017 e
janeiro/2017 (-0,43%), sobressaíram alimentos (-0,27 p.p.), metalurgia (0,22
p.p.), indústrias extrativas (-0,19 p.p.) e refino de petróleo e produtos de
álcool (-0,14 p.p.).

O indicador acumulado no ano (fevereiro/2017 contra dezembro de 2016)
atingiu -0,13%, contra 0,30% em janeiro/2017. Entre as atividades que, em
fevereiro/2017, tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste
indicador sobressaíram: metalurgia (5,62%), fumo (-5,41%),outros equipamentos
de transporte (-4,33%) e refino de petróleo e produtos de álcool (4,19%).
Neste indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (-0,75 p.p.),
refino de petróleo e produtos de álcool (0,42 p.p.), metalurgia (0,41 p.p.) e
outros produtos químicos (0,13 p.p.).

O acumulado em 12 meses variou 1,54%, contra 1,34% em janeiro/2017. As
quatro maiores variações de preços ocorreram em indústrias extrativas
(52,92%), outros equipamentos de transporte (-15,29%), fumo (-14,44%) e
impressão (10,87%). Neste indicador, os setores de maior influência foram:
indústrias extrativas (1,24 p.p.), outros produtos químicos (-0.93 p.p.),
metalurgia (0,75 p.p.) e alimentos (0,60 p.p.).

A seguir, os setores que estavam entre as quatro maiores influências em
fevereiro de 2017, nas três comparações: mensal, acumulada no ano e acumulada
em 12 meses.

Indústrias extrativas: no mês de fevereiro de 2017, os preços da
atividade variaram negativamente (-5,06%), em relação a janeiro. Esta foi a
maior variação mensal de preços observada entre as atividades pesquisadas. Os
preços das atividades extrativas exerceram sobre o resultado das indústrias
extrativas e de transformação uma influência negativa de -0,19 p.p. (em
-0,43%).
Com este resultado da variação mensal, os preços das indústrias
extrativas acumularam queda (-3,11%) nos dois primeiros meses deste ano.

Na comparação com fevereiro de 2016, os preços das indústrias
extrativas se destacaram como a principal variação positiva (52,92%) entre
todas as atividades e também a principal influência (1,24 p.p. em 1,54%).

Todos os produtos analisados na atividade apresentaram variação negativa
de preços no mês, bem como no acumulado do ano.

Alimentos: com a variação de -1,31% ocorrida na passagem de janeiro para
fevereiro, o setor acumulou, nesses dois meses, -3,51% de variação média de
preços de seus produtos. Os preços, na comparação com o mesmo mês de 2016,
estavam 2,96% maiores em fevereiro do presente ano.

Em termos de influência, o setor se destaca em todos os indicadores: é o
primeiro tanto no mês contra mês anterior (-0,27 p.p. em -0,43% das
indústrias extrativas e de transformação) quanto no acumulado no ano (-0,75
p.p. em -0,13%) e o quarto na comparação com fevereiro de 2016 (0,60 p.p. em
1,54%).

Dois produtos se destacam na variação de fevereiro frente a janeiro,
tanto entre as principais variações quanto entre as principais influências,
são eles: “óleo de soja refinado” e “óleo de soja em bruto, mesmo
degomado”. Entre as principais influências, todas as variações destacadas
foram negativas e somaram -1,30 p.p. (em -1,31%). Os outros dois produtos são:
“carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” e “açúcar cristal”.

A queda do preço dos açúcares, ainda que em período de entressafra da
cana-de-açúcar, em especial o cristal, esteve ligado a uma demanda fraca, num
cenário de estoque equilibrado. Alia-se a isso o fato de, mais uma vez, o real
ter se apreciado frente ao dólar (aproximadamente 3%), o que tem impacto
particularmente nas exportações do demerara e do VHP. No caso de “carnes de
bovinos frescas ou refrigeradas”, imputa-se a queda dos preços internos à
retração da demanda, e dos externos, à apreciação do real.

Refino de petróleo e produtos de álcool: em fevereiro contra janeiro,
invertendo o sinal do mês anterior, os preços do setor variaram em -1,28%, e,
com isso, o acumulado recuou de 5,54% para 4,19%. No caso da comparação com o
mesmo mês do ano anterior, a variação foi de 5,52%, maior resultado desde
novembro de 2015 (5,67%).

O destaque dado ao setor se deve à influência no indicador do mês contra
o mês anterior, M/M-1 (quarta maior influência, em módulo, -0,14 p.p. em
-0,43% das indústrias extrativas e de transformação), e, no caso do
acumulado, por ser a quarta maior variação e a segunda maior influência (0,42
p.p. em -0,13%) – sempre em módulo.

Outros produtos químicos: a indústria química no mês de fevereiro
apresentou uma variação média de preços, em relação a janeiro, de -0,11%,
após cinco meses seguidos de recuperação de preços, os quais não foram
suficientes para reverter o resultado negativo dos últimos 12 meses (-8,90%).
Esta queda ligada aos resultados dos preços internacionais e aos custos da
matéria-prima importada, ambos com influência da apreciação do real em
relação ao dólar de 21,9% nos últimos 12 meses e 7,4% somente nos dois
primeiros meses do ano. Também é importante citar o movimento dos preços dos
derivados de petróleo, especialmente da nafta, além dos resultados de
variação de preços da amônia.

Interessante ressaltar que os quatro produtos de maior influência no mês
contra mês imediatamente anterior (“adubos ou fertilizantes à base de
NPK”, “herbicidas para uso na agricultura”, “inseticidas para uso na
agricultura” e “polipropileno”) representaram um resultado negativo em
0,44 p.p. no resultado de variação de -0,11% no mês, ou seja, os demais 28
produtos contribuíram positivamente com 0,33 p.p.

Metalurgia: ao comparar os preços do setor em fevereiro de 2017 contra
janeiro de 2017 pode-se reparar a continuidade na elevação de preços
registrados desde novembro de 2016, alcançando uma variação média de preços
positiva em 2,96% (maior variação entre as atividades da pesquisa) e, desta
forma, acumulando nos últimos 12 meses uma variação positiva de 10,55% e no
ano de 5,62%.

Entre os destaques, tanto em termos de variação quanto de influência, na
comparação com janeiro, aparecem: “bobinas a frio de aços ao carbono, não
revestidos”, “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono” e
“tubos de aços com costura”. O produto “chapas grossas de aços ao
carbono, não revestidos” é um destaque em termos de variação e o
“bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos” em relação à
influência.

Quanto aos produtos que mais influenciaram os resultados de longo prazo
(acumulado no ano e acumulado em 12 meses), três são comuns: “bobinas a frio
de aços ao carbono, não revestidos”, “bobinas a quente e a frio de aços
ao carbono, não revestidos” e “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços
ao carbono”. “Bobinas ou chapas de aços inoxidáveis, inclusive tiras”
é o destaque faltante no acumulado ano e “alumínio não ligado em formas
brutas” completa a lista das quatro principais influências no acumulado em 12
meses, sendo o único caso de valor negativo.

O comportamento do setor é influenciado pela combinação dos resultados
dos grupos siderúrgicos (ligado aos produtos de aço) e do grupo de materiais
não ferrosos (cobre e alumínio), os quais, por sua vez, apresentam
comportamentos bastante diferenciados. O grupo siderúrgico é afetado pelo
excedente de capacidade de aço no mundo, mesmo com a meta de redução da
produção de aço na China, além do custo da energia elétrica e do gás
natural, sem esquecer o avanço dos preços do minério de ferro no mercado
internacional (a variação de preços do setor extrativo nos últimos 12 meses,
foi de cerca de 53%). Já o segundo grupo apresenta seus preços ligados às
cotações das bolsas internacionais e às variações do dólar.

Os quatro produtos anteriormente citados como os de maior influência nos
resultados da comparação com o mês anterior representaram 1,98 p.p. dos 2,96%
de variação de fevereiro em relação a janeiro. As informações partem da
assessoria de imprensa do IBGE.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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