Porto Alegre, 19 de outubro de 2015 – Economistas de instituições
financeiras continuam vendo maior pressão inflacionária neste e no próximo
ano, mesmo com a economia chegando a uma contração de 3 por cento em 2015, e
diante disso elevaram a perspectiva para a taxa básica de juros em 2016.
A pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, apontou
que a expectativa agora para a alta do IPCA em 2016 é de 6,12 por cento,
contra 6,05 por cento anteriormente, na 11 vez seguida de piora.
A projeção com isso está cada vez mais longe do centro da meta do
governo para o ano que vem de 4,5 por cento, com tolerância de 2 pontos
percentuais para mais ou para menos, dificultando a determinação do BC de
guiar as expectativas para o centro da meta no final de 2016.
Os preços administrados são uma importante fonte de pressão, com
expectativa de avanço de 6,35 por cento no final de 2016, alta de 0,08 ponto
percentual em relação à pesquisa anterior.
Para 2015, o levantamento semanal com uma centena de especialistas mostrou
piora de 0,05 ponto percentual na projeção para a alta do IPCA, a 9,75 por
cento, com a alta dos preços administrados mantendo-se em 16 por cento.
A valorização do dólar também pesa sobre a alta dos preços, devendo
se prolongar para o ano que vem. Entretanto a projeção para a moeda
norte-americana permaneceu em 4 reais para este ano e caiu a 4,13 reais em 2016,
contra 4,15 reais anteriormente.
O cenário inflacionário tem repercutido nas projeções dos analistas
para a política monetária, sendo que para 2016 a projeção subiu a 12,75 por
cento, contra 12,63 por cento na mediana das expectativas da pesquisa anterior.
Mas para este ano eles não mudaram a estimativa de que a Selic será
mantida em 14,25 por cento na reunião desta semana do Comitê de Política
Monetária (Copom), terminando 2015 neste patamar
Já sobre a economia, o cenário de forte crise política e econômica
afetando a confiança de agentes econômicos e consumidores continua a
prejudicar as expectativas.
A projeção agora é de retração do Produto Interno Bruto (PIB) de
1,22 por cento em 2016, contra queda de 1,20 por cento antes. Para 2015 é
esperada contração de 3,0 por cento, sobre recuo de 2,97 por cento.
Em agosto, a atividade econômica ampliou com força a fraqueza, com o
Indice de Atividade Econômica do BC recuando 0,76 por cento sobre o mês
anterior.
Os contínuos dados econômicos fracos com incertezas no front fiscal
culminaram na quinta-feira com a decisão da agência de classificação de
risco Fitch de cortar a nota de crédito do Brasil. A agência ainda manteve o
selo de bom pagador, mas alertou que o país pode em breve perder essa chancela.
As informações partem do site da Reuters.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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