Porto Alegre, 11 de janeiro de 2016 – O Indice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,14% em dezembro e ficou 0,07 p.p.
acima da taxa de 0,07% de novembro. Com isso, o acumulado no ano foi para 6,58%,
bem menos do que os 11,28% registrados em 2015, segundo informações do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro de 2015 o
INPC foi de 0,90%.
Os produtos alimentícios variaram 0,05% em dezembro, depois de recuarem
(-0,31%) em novembro. Já os não alimentícios (0,18%) subiram menos do que em
novembro (0,25%).
O INPC regional mais elevado foi o de Brasília (0,87%), onde os alimentos
subiram 0,70%, bem acima do índice nacional (0,05%). Os itens aluguel
residencial (1,90%) e passagem aérea (21,30%) também contribuíram para o
resultado do mês. O menor índice foi da região metropolitana de Curitiba
(-0,15%).
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no
período de 1 a 29 de dezembro de 2016 (referência) com os preços vigentes
no período de 28 de outubro a 30 de novembro de 2016 (base).
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento
monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange
dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo
Grande e de Brasília.
IPCA acumulado em 2016 (6,29%) é menor que o de 2015 (10,67%)
O IPCA acumulado em 2016 (6,29%) ficou bem abaixo (4,38 p.p.) do IPCA de
2015 (10,67%).
As principais influências foram os grupos alimentação e bebidas (alta de
8,62% e impacto de 2,17 p.p.) e saúde e cuidados pessoais (11,04% e impacto de
1,23 p.p.). Juntos, estes dois grupos somam 3,40 p.p., responsáveis por 54% do
IPCA.
Num ano em que a produção agrícola ficou 12% abaixo da colhida em 2015,
o consumidor passou a pagar, em média, 8,62% mais caro do que em 2015 para
adquirir alimentos. Isto colocou Alimentação e Bebidas (que tem peso de 25%
nas despesas das famílias) na liderança dos impactos de grupo. Os alimentos
para consumo em casa (que tem peso de 17,00% no IPCA) subiram 9,36%, enquanto a
alimentação consumida fora de casa (peso de 8,83%) subiu 7,22%. No entanto, no
ranking dos impactos individuais, a alimentação fora de casa é líder, com
0,63 p.p. A região metropolitana de Fortaleza (12,05%) foi onde os preços mais
aumentaram em 2016.
Entre os alimentos consumidos em casa, houve aumentos significativos, com
destaque para os feijões (56,56%) e o arroz (16,16%), que compõem o prato
típico do brasileiro.
Já a Cebola (-36,50%), a batata-inglesa (-29,03%), o tomate (-27,82%) e a
cenoura (-20,47%) foram destaques entre os produtos que ficaram mais baratos no
ano.
Saúde e Cuidados Pessoais foi o grupo com a maior alta acumulada no ano
(11,04%) e o único dos nove grupos cujos preços subiram mais em 2016 do que em
2015. A maior pressão veio das mensalidades dos planos de saúde (13,55%), que
teve sua variação acumulada mais alta desde 1997. Já a alta acumulada dos
remédios (12,50%) foi a mais elevada desde 2000. Destacam-se, ainda, no grupo,
os artigos de higiene pessoal (9,49%).
Os grupos Educação (8,86%), com destaque para os cursos regulares
(9,12%), e o de Despesas Pessoais (8,00%), onde sobressai o item empregado
doméstico (10,27%), terminaram o ano acima do IPCA. Os demais ficaram abaixo,
com resultados entre 1,27% (Comunicação) e 4,22% (Transportes), contribuindo
para a contenção da taxa do ano.
No grupo dos Transportes (4,22%), que detêm 18% do IPCA, peso superado
apenas pelos alimentos, destaca-se a alta do transporte público (7,78%):
ônibus intermunicipal (11,78%), ônibus urbano (9,34%), metrô (9,14%), trem
(8,45%), ônibus interestadual (7,66%), táxi (7,06%). Já as passagens aéreas
foram a exceção, pois fecharam o ano com queda de 4,88%.
No caso dos ônibus urbanos (9,34%), os reajustes foram expressivos em algumas
regiões, mas não ocorreram em três delas: Brasília, Belém e Fortaleza. Em
Curitiba ocorreu a maior alta (16,12%), com Porto Alegre (15,38%) e Recife
(14,54%) a seguir.
O item veículo próprio (2,91%) ficou muito abaixo do transporte público
(7,78%), mesmo com o forte aumento aplicado sobre as multas, que acarretou em
uma variação de 68,31% no ano. Já o automóvel novo (0,48%) e, mais ainda, o
usado (-4,46%), itens com grande participação no índice, seguraram o
resultado do item.
Os combustíveis, também do grupo Transportes, fecharam o ano com 3,25%,
sendo 2,54% a variação da gasolina e 2,21% a do diesel. A partir de outubro, o
preço dos combustíveis passou a ser definido, mensalmente, pelo Grupo
Executivo de Mercado e Preços (GEMP). Assim, ocorreu redução em 15 de outubro
de 3,20% na gasolina e de 2,70% no diesel. Em 08 de novembro houve redução de
3,10% na gasolina e de 10,40% no diesel. Em 06 de dezembro, alta de 8,10% na
gasolina e 9,50% no diesel. Já o litro do etanol subiu 6,66%, após problemas
na safra da cana de açúcar.
A principal contribuição para conter a taxa do IPCA acumulado no ano veio
da energia elétrica (variação de -10,66% e impacto de -0,43 p.p.), do grupo
Habitação (2,85%). Destaca-se a região metropolitana de Curitiba, onde as
contas recuaram 21,53% em relação a 2015. A energia também teve forte queda
no Rio de Janeiro (-14,19%), Goiânia (-15,65%), São Paulo (-14,11%), Porto
Alegre (-12,38%) e Vitória (-9,51%).
Fortaleza foi a região metropolitana com a maior variação (8,34%), devido à
alta de 12,05% do grupo Alimentação e Bebidas. O destaque foi para os
alimentos consumidos em casa, que subiram 13,75%, bem acima dos alimentos
consumidos fora de casa (7,27%).
Já o índice mais baixo foi o de Curitiba (4,43%), onde as contas de
energia elétrica ficaram 21,53% mais baratas, refletindo a redução, em 24 de
junho, de 13,83% nas tarifas, aliada a reduções no PIS/COFINS durante o ano,
além do retorno à bandeira verde. Curitiba havia tido a variação mais
elevada de 2015 (12,58%), devido ao impacto do reajuste de 50% nas alíquotas do
ICMS sobre vários itens, com vigência desde o dia 01 de abril daquele ano.
INPC acumula alta de 6,58% em 2016
O INPC fechou 2016 em 6,58%, abaixo dos 11,28% de 2015 em 4,70 p.p.. Os
alimentos tiveram variação de 9,15%, enquanto os não alimentícios variaram
5,44%. Em 2015 os alimentos haviam subido 12,36% e os não alimentícios,
10,80%.
A região metropolitana de Fortaleza (8,61%) acumulou a maior alta,
refletindo a elevação no grupo Alimentação e Bebidas (12,31%), com destaque
para os alimentos consumidos em casa (13,74%), que superaram a alta dos
alimentos consumidos fora de casa (7,42%). Já o índice mais baixo foi o da
região metropolitana de Curitiba (4,21%), onde as contas de energia elétrica
ficaram 22,35% mais baratas. Curitiba havia tido a variação mais elevada de
2015 (13,81%), com o impacto do reajuste de 50% nas alíquotas do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre vários itens. As
informações partem da assessoria de comunicação social do IBGE.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 26/06/2025 13:30