Porto Alegre, 4 de outubro de 2021 – Se o Banco Central (BC) passasse a
agir para conter a valorização do dólar, os investidores usariam outro tipo
de ativo para se proteger do risco que está embutido na taxa de câmbio e isto
acabaria provocando danos colaterais em outros mercados, afirmou o presidente da
instituição, Roberto Campos Neto.
“Se eu prendo dólar e faço intervenção muito severa, vão buscar se
defender da percepção de risco ampliada em outro ativo, e pode ser na curva de
juros”, disse ele durante um evento promovido pela Associação Comercial de
São Paulo (ACSP).
O presidente do BC disse que em geral, quando há um aumento dos preços
das commodities, o dólar tende a perder força em relação a moedas de países
que exportam estes produtos, como é o caso do Brasil, mas que desta vezes este
movimento não aconteceu.
“A explicação é a dívida que se fez durante a pandemia. Tem um novo
prêmio de risco”, disse ele, acrescentando que pode haver também outros
fatores capazes de explicar a situação atual. Campos Neto destacou, no
entanto, que em outros países exportadores de commodities, como a Austrália,
também não houve esse movimento de valorização da moeda local acompanhando a
alta das commodities.
“Se dólar tem função de absorver choques, por que quando as commodities
subiram ele não absorveu o choque? Parte disso é a dívida maior, é um
fiscal, parte disso é incerteza – pode ser política ou outra coisa”, afirmou.
“Olhando para frente, acertando tema de credibilidade fiscal, tem tudo
para crescer, voltar a entrar recurso. O Brasil fez muito mais do que conseguiu
vender”, avaliou. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2021 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 09/05/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 71,75Preço base - Integração
Atualizado em: 13/05/2025 09:50