Porto Alegre, 10 de novembro de 2023 – A inflação do país foi de 0,24% em outubro, após a
alta de 0,26% no mês anterior. O Termômetro CMA apostava em alta de 0,30%. É o quarto mês
seguido de taxas positivas do indicador. O maior impacto individual no resultado de outubro veio dos
preços das passagens aéreas, que subiram 23,70% na comparação com o mês anterior. Esse item já
vinha de uma alta de 13,47% em setembro. No ano, a inflação acumulada do país é de 3,75% e, nos
últimos 12 meses, de 4,82%. Os dados são do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
divulgado hoje (10) pelo IBGE.
É o segundo mês seguido de alta das passagens aéreas. Essa alta pode estar relacionada a
alguns fatores como o aumento no preço de querosene de aviação e a proximidade das férias de fim
de ano, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços investigados pela pesquisa tiveram inflação.
Dentre eles, os destaques foram transportes (0,35%) e alimentação e bebidas (0,31%), que têm
maior peso no índice. Além do aumento das passagens aéreas, o grupo de transporte teve como
destaque as altas do táxi (1,42%) e do óleo diesel (0,33%), único item dos combustíveis (-1,39%)
que registrou inflação. No período, os preços da gasolina (-1,53%), do gás veicular (-1,23%) e
do etanol (-0,96%) caíram.
A gasolina é o subitem de maior peso entre os 377 da cesta do IPCA. Essa queda em outubro foi o
maior impacto negativo no índice (-0,08 p.p) e contribuiu para segurar o resultado do grupo de
transportes, diz o gerente.
Já no grupo de alimentação e bebidas, que vem de quatro deflações consecutivas, a
alimentação no domicílio subiu 0,27%. A alta foi impulsionada pelo aumento nos preços da
batata-inglesa (11,23%), da cebola (8,46%), das frutas (3,06%), do arroz (2,99%) e das carnes
(0,53%).
O arroz acumula alta de 13,58% no ano. Esse resultado é influenciado pela menor oferta, já que
ele está no período de entressafra e houve maior demanda de exportação. No caso da batata e da
cebola, a menor oferta é resultado do aumento de chuvas nas regiões produtoras, que prejudicou a
colheita, explica André. Por outro lado, os preços das carnes vinham em queda desde janeiro, e a
deflação acumulada no período é de 11,08%. Outros itens básicos na mesa do brasileiro tiveram
queda em outubro, como o leite longa vida (-5,48%) e o ovo de galinha (-2,85%).
A alimentação fora do domicílio (0,42%) ficou mais cara, com o aumento da refeição (0,48%)
e do lanche (0,19%). De maneira geral, esse grupo tem apresentado altas seguidas, mas em outubro
houve uma aceleração, passando da variação de 0,12%, em setembro, para 0,42%, diz o pesquisador.
Entre os grupos pesquisados no IPCA, o único que registrou deflação foi o de comunicação
(-0,19%), impulsionado pelas quedas nos preços dos aparelhos telefônicos e dos planos de telefonia
fixa.
As informações são do IBGE.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50