Porto Alegre, 11 de outubro de 2022 – O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de
setembro foi de -0,29%, terceiro mês seguido de deflação. Foi a menor variação para um mês de
setembro desde o início da série histórica. No ano, o IPCA acumula alta de 4,09% e, nos últimos
12 meses, de 7,17%, abaixo dos 8,73% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro
de 2021, a variação havia sido de 1,16%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro tiveram queda em setembro. Apesar de
recuar menos do que no mês anterior (-3,37%), o grupo dos Transportes (-1,98%) contribuiu novamente
com o impacto negativo mais intenso sobre o IPCA do mês: -0,41 ponto percentual (p.p.). Na
sequência vieram Comunicação (-2,08%) e Alimentação e bebidas (-0,51%), ambos com -0,11 p.p.
Além disso, o grupo Artigos de residência, que havia subido 0,42% em agosto, recuou 0,13% em
setembro. No lado das altas, destacam-se os grupos Vestuário (1,77%), com a maior variação
positiva do mês, e Despesas pessoais (0,95%), com a maior contribuição positiva (0,10 p.p.). Os
demais grupos ficaram entre o 0,12% de Educação e o 0,60% de Habitação.
Os Transportes (-1,98%) registraram queda pelo terceiro mês consecutivo. Assim como nos meses
anteriores, o resultado é consequência da redução no preço dos combustíveis (-8,50%). A
gasolina (-8,33%) contribuiu com o impacto negativo mais intenso no índice de setembro (-0,42
p.p.). Os outros três combustíveis pesquisados também apresentaram queda: etanol (-12,43%), óleo
diesel (-4,57%) e gás veicular (-0,23%). Cabe mencionar ainda o recuo nos preços das motocicletas
(-0,08%), dos automóveis novos (-0,15%) e dos automóveis usados (-0,38%), que haviam subido no
mês anterior. Nos transportes públicos, a variação negativa do subitem ônibus urbano (-0,34%)
deve-se à redução dos preços das passagens aos domingos em Salvador (-4,29%), válida desde 11
de setembro.
Ainda em Transportes, destaca-se a alta de 8,22% nas passagens aéreas, após a queda de 12,07%
em agosto. Com isso, as passagens aéreas tiveram o maior impacto individual positivo no índice de
setembro (0,05 p.p.), entre os 377 subitens pesquisados. Além disso, também houve aumento do
transporte por aplicativo (6,14%), que havia caído 1,06% em agosto.
O recuo do grupo Comunicação (-2,08%) foi puxado por acesso à internet (-10,55%) e por
telefonia, internet e tv por assinatura (-2,70%). Juntos, os dois subitens contribuíram com -0,09
p.p. no IPCA de setembro.
O grupo Alimentação e bebidas passou de alta de 0,24% em agosto para queda de 0,51% em
setembro, puxado pela alimentação no domicílio (-0,86%). Os preços do leite longa vida caíram
13,71%, contribuindo com -0,15 p.p. no resultado do mês. Apesar da queda, o produto ainda acumula
alta de 36,93% nos últimos 12 meses. Destaca-se também a redução nos preços do óleo de soja
(-6,27%), com impacto de -0,02 p.p. Entre as altas, a maior contribuição (0,02 p.p.) veio da
cebola (11,22%), que havia subido 5,12% em agosto. As informações são do IBGE.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45