Porto Alegre, 7 de abril de 2017 – O Indice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) de março variou 0,25% e ficou abaixo dos 0,33% de
fevereiro em 0,08 ponto percentual (p.p.), de acordo com informações do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Desde 2012, quando se situou
em 0,21%, não há registro de IPCA mais baixo para os meses de março.
Com este resultado, o primeiro trimestre do ano acumula 0,96%, percentual
bem inferior aos 2,62% de igual período de 2016. Constitui-se no menor
resultado de primeiro trimestre desde o início do Plano Real, em 1994. No
acumulado dos últimos 12 meses, o índice desceu ainda mais, foi para 4,57%,
menos do que os 4,76% dos 12 meses imediatamente anteriores.
Com impacto de 0,15 p.p., a maior parte do índice de março ficou na conta
da energia elétrica, que subiu 4,43% e levou o grupo habitação a atingir
1,18%, a mais elevada variação de grupo. O resultado do item energia elétrica
reflete a cobrança da bandeira tarifária amarela no valor de R$ 2,00 a cada
100 kwh consumidos, aliada a aumentos ou reduções nas parcelas do PIS/COFINS,
dependendo da região pesquisada.
No Rio de Janeiro, houve, ainda, a partir de 15 de março, reajuste de
9,81% nas tarifas de uma das concessionárias e redução de 5,19% em outra. Em
Goiânia, ocorreu, também, reajuste de 35,03% na parcela da conta referente à
Contribuição para Iluminação Pública – CIP. O menor resultado registrado no
item energia elétrica foi 1,53% na região metropolitana de Belém, enquanto o
maior, de 6,74%, ficou com o Rio de Janeiro.
Além da energia elétrica (4,43%), as despesas com habitação (1,18%)
ficaram mais elevadas diante do aumento de 1,13% no preço do botijão de gás,
tendo em vista reflexos do reajuste médio de 9,80% ao nível das refinarias,
concedido pela Petrobrás para vigorar a partir do dia 21 de março.
Educação (0,95%), embora com a segunda maior variação de grupo, mostrou
recuo significativo em relação à alta de 5,04% do mês anterior, já que
ficou no IPCA de fevereiro a forte pressão dos reajustes anuais habitualmente
aplicados sobre o valor das mensalidades do ano anterior. Regionalmente,
Fortaleza sobressai nos resultados, com 5,34%.
Já o grupo alimentação e bebidas mostrou aceleração para 0,34% em
março, ao passo que, em fevereiro, havia apresentado queda de 0,45%. Produtos
importantes na mesa do consumidor, como o leite longa vida (2,60%), o café
moído (1,89%) e o pão francês (0,91%), ficaram mais caros.
Por outro lado, alimentos como o feijão-preto (-9,11%), o feijão-carioca
(-5,59%) e o feijão-mulatinho (-4,50%) ficaram mais baratos de um mês para o
outro.
A respeito das quedas, observa-se que quatro dos nove grupos de produtos e
serviços recuaram de fevereiro para março: transportes (-0,86%), comunicação
(-0,63%), artigos de residência (-0,29%) e vestuário (-0,12%). Neles, o
destaque foi a gasolina, do grupo transportes, cujo preço do litro ficou, em
média, 2,21% mais barato. Excetuando apenas a região de Recife, onde houve
aumento de 0,71%, os preços caíram em todas as regiões pesquisadas, chegando
a atingir -4,01% na região metropolitana de Curitiba. Quanto ao litro do
etanol, a queda foi de 5,10%, com Recife apresentando, também, aumento de
preço, 1,71%. Nas demais regiões a queda ficou entre -6,46% em São Paulo e
-0,78% em Campo Grande. A passagem aérea também se destacou por apresentar
queda de 9,63%.
Em comunicação (-0,63%), o resultado se deve à redução nas tarifas das
ligações de fixo para móvel a partir do dia 25 de fevereiro, levando o item
telefone fixo a -2,24%.
Quanto aos grupos saúde e cuidados pessoais (0,69%) e despesas pessoais
(0,52%), sobressaem, no primeiro, os itens plano de saúde (1,07%) e higiene
pessoal (0,71%). No segundo, o item cigarro, cuja variação de 1,68% reflete
reajustes ocorridos em determinadas marcas e regiões a partir dos dias 26 e 27
de fevereiro.
Na ótica dos índices regionais, o mais elevado foi o da região
metropolitana de Fortaleza (0,66%), onde o item cursos regulares teve alta de
8,26%. O menor índice foi o da região metropolitana de Belo Horizonte
(-0,04%), influenciado pela queda de 2,27% nos combustíveis.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com
rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte,
e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de
Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram
comparados os preços coletados no período de 25 de fevereiro a 29 de março de
2017 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de janeiro a 24 de
fevereiro de 2017 (base).
INPC varia 0,32% em março
O Indice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,32% em março e
ficou acima da taxa de 0,24% de fevereiro em 0,08 p.p. No acumulado dos
últimos 12 meses, o índice desceu para 4,57%, ficando abaixo dos 4,69%
registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2016, o INPC
registrou 0,44%.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,32% em março, enquanto no mês
anterior registraram queda de 0,53%. O agrupamento dos não alimentícios ficou
com variação de 0,32%, abaixo da taxa de 0,59% de fevereiro.
Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o da região
metropolitana de Fortaleza (0,64%), onde o item cursos regulares mostrou alta de
8,84%. O menor índice foi o da região metropolitana de Belo Horizonte
(0,08%), influenciado pela queda de 2,25% nos combustíveis.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com
rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe
assalariado. Abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de
Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram
comparados os preços coletados no período de 25 de fevereiro a 29 de março de
2017 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de janeiro a 24 de
fevereiro de 2017 (base). As informações partem da assessoria de imprensa
dão IBGE.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45