Porto Alegre, 9 de setembro de 2016 – O Indice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) de agosto subiu 0,44% e ficou abaixo da taxa de julho
(0,52%) em 0,08 ponto percentual (p.p.), de acordo com informações do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O mercado previa alta de
0,45%.
O acumulado no ano (5,42%) ficou bem abaixo dos 7,06% registrados em igual
período de 2015. O acumulado nos últimos doze meses (8,97%) ficou acima dos
8,74% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2015, o
IPCA fora 0,22%.
O grupo Alimentação e Bebidas, que de 1,32% em julho foi para 0,30% em
agosto, é o principal responsável pela desaceleração do IPCA.
O grupo dos alimentos, nas regiões pesquisadas, apresentou variações
entre -0,48% e 1,26%, enquanto havia se situado entre 0,96% e 2,06% em julho.
Seis das 13 localidades pesquisadas mostraram redução nos preços: Goiânia
(-0,48%), Belém (-0,45%), Salvador (-0,27%), Brasília (-0,25%), Recife
(-0,03%) e Porto Alegre (-0,01%).
Entre os produtos que contribuíram para conter a taxa destacam-se a
batata-inglesa (-8,00%) e o feijão-carioca (-5,60%), que deram as maiores
contribuições para a redução do IPCA (-0,03 p.p., ambos). Ainda assim, o
feijão-carioca, que exerceu forte pressão nos os últimos meses, acumula alta
de 136,57% no ano. Já a batata-inglesa aumentou 13,39% no ano.
Entre os alimentos em alta (tabela abaixo), o destaque ficou com o item
frutas, que aumentou 4,94% e deu a contribuição positiva mais significativa
para o índice do mês (0,05 p.p.).
Além de Alimentação e Bebidas (de 1,32% em julho para 0,30% em agosto),
outros três grupos, dos nove pesquisados, mostraram desaceleração: Artigos de
Residência (de 0,53% para 0,36%), Transportes (de 0,40% para 0,27%) e
Comunicação (de 0,02% para -0,02%). A desaceleração do grupo Transportes se
deve, em grande parte, às passagens aéreas, com queda de 3,85% em média. Os
preços das passagens aéreas recuaram em 10 das 13 regiões pesquisadas e as
três exceções foram Rio de Janeiro (7,50%), Belo Horizonte (6,15%) e
Brasília (3,11%).
Entre os grupos em aceleração, Educação (0,99%) e Despesas Pessoais
(0,96%) foram os mais elevados. Educação refletiu o resultado apurado na
coleta realizada em agosto a fim de captar a realidade dos preços praticados no
segundo semestre do ano letivo. Os cursos regulares tiveram variação de
0,95%, enquanto os cursos diversos (informática, idioma, etc.) apresentaram
alta de 1,14%.
As diárias de hotel (11,58%) foram destaques no grupo Despesas Pessoais.
Isto se deve ao aumento de 111,23% registrado na região metropolitana do Rio de
Janeiro, devido à Olimpíada ocorrida em agosto.
Quanto aos índices regionais (tabela abaixo), o maior foi registrado na região
metropolitana do Rio de Janeiro, com 1,00%, pressionado pela alta de 111,23%
nas diárias dos hotéis, além de 0,90% nos alimentos, bem acima da média
nacional (0,30%). O menor índice foi o de Recife (-0,09%), sob influência do
item energia elétrica (-4,01%), que refletiu a redução das alíquotas de
PIS/COFINS. O recuo da gasolina (-3,16%) também contribuiu.
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com
rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte,
e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de
Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram
comparados os preços coletados entre 29 de julho a 30 de agosto de 2016
(referência) com os vigentes entre 30 de junho a 28 de julho de 2016 (base).
INPC fica em 0,31% em agosto
O Indice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de
0,31% em agosto e ficou abaixo da taxa de 0,64% de julho em 0,33 p.p.. Com este
resultado o acumulado no ano foi para 6,09%, bem menos do que os 7,69%
registrados em igual período do ano anterior. Considerando os últimos doze
meses, o índice está em 9,62%, pouco acima dos 9,56% relativos aos doze meses
imediatamente anteriores. Em agosto de 2015 o INPC fora de 0,25%.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,28% em agosto enquanto em julho
a variação foi de 1,63%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com
variação de 0,32% em agosto, acima da taxa de 0,18% de julho.
Dentre os índices regionais (tabela abaixo), o maior foi o de Vitória (0,76%),
sob pressão da alta na taxa de água e esgoto (9,89%), reajustada em 10,78% a
partir de 1 de agosto. O menor índice foi o de Recife (-0,07%), sob
influência do item energia elétrica (-4,08%), que refletiu a redução das
alíquotas de PIS/COFINS.
Para cálculo do índice de agosto foram comparados os preços coletados
entre 29 de julho a 30 de agosto de 2016 (referência) com os preços vigentes
entre 30 de junho a 28 de julho de 2016 (base). O INPC é calculado pelo IBGE
desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05
salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões
metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de
Brasília. As informações partem da assessoria de imprensa do IBGE.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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