Porto Alegre, 9 de março de 2016 – O Indice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo – IPCA de fevereiro (0,90%) ficou abaixo da taxa de janeiro
(1,27%) em 0,37 ponto percentual (p.p.), segundo informações do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mercado previa alta de 0,98%.
No ano, o índice acumulou 2,18%, inferior aos 2,48% acumulados em igual
período de 2015. Nos últimos doze meses (10,36%) o acumulado ficou abaixo dos
10,71% dos doze meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2015 o IPCA foi
de 1,22%.
Considerando os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a mais
elevada variação ficou com Educação, que atingiu 5,90%, refletindo os
reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente nos valores das
mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,43%, constituindo-se no item de
maior contribuição no mês, com 0,21 p.p.. À exceção de Fortaleza, que
não apresentou aumento em virtude de diferença na data de reajuste, nas demais
regiões as variações dos cursos regulares situaram-se entre os 3,99% da
região metropolitana de Recife e os 10,88% do Rio de Janeiro. Nas mensalidades
dos cursos diversos (idioma, informática, etc.), a variação foi de 5,53%.
Os grupos Educação (5,90% e 0,27 p.p. de contribuição) e Alimentação
e Bebidas (1,06% e contribuição também de 0,27 p.p.) foram responsáveis por
60% do IPCA do mês, ou 0,54 p.p..
Em fevereiro, os preços dos alimentos (1,06%) continuaram subindo, embora
com menos força do que em janeiro (2,28%). Na tabela a seguir, os principais
produtos em alta, com destaque para a cenoura (23,79%) e farinha de mandioca
(11,40%).
Entre os produtos com preços em queda, destacam-se o tomate (-12,63%) e a
batata-inglesa (-5,70%).
As tarifas de ônibus urbanos, com alta de 2,61%, são destaques no grupo
Transportes (0,62%).
Observa-se que na região metropolitana de Curitiba a tarifa diferenciada
dos dias de domingo passou de R$1,50 para R$2,50, reajustada em 66,67%. Nos
ônibus intermunicipais, a alta foi de 2,17%.
Além disso, houve aumento de 3,83% nas tarifas de trem, reflexo dos
reajustes de 12,12% ocorrido no Rio de Janeiro em 02 de fevereiro e de 8,57% em
São Paulo no dia 09 de janeiro. Ainda em Transportes, observa-se que os preços
do etanol continuaram subindo e foram para 4,22%, enquanto a gasolina ficou em
0,55%. Por outro lado, chegando até -15,83%, a queda nas passagens aéreas foi
significativa.
As contas de energia elétrica (-2,16%) também tiveram queda e levaram o
grupo Habitação para -0,15%, sendo a principal contribuição negativa (-0,09
p.p.). Este comportamento se deve à redução no valor da bandeira tarifária
vermelha, que passou de R$ 4,50 para R$ 3,00 por cada 100 kilowatts-hora
consumidos, a partir de 1 de fevereiro.
O Sistema das Bandeiras Tarifárias, modelo de cobrança do gasto com
usinas térmicas, está em vigor desde o dia 1 de janeiro de 2015, quando o
valor da bandeira vermelha foi acrescido às tarifas de energia elétrica.
Já na taxa de água e esgoto, a alta foi a 1,72%. Na região metropolitana
de São Paulo, a variação de 4,75% em água e esgoto é resultado de
adaptação dos cálculos à forma de escalonamento da faixa de bonificação
concedido às tarifas e à incorporação da tarifa de contingência.
Nos demais grupos, os destaques foram: TV por assinatura e internet
(7,86%); TV, som e informática (2,80%); artigos de higiene pessoal (1,90%);
conserto e manutenção (1,90%); cigarro (1,89%); eletrodomésticos (1,50%);
plano de saúde (1,06%); serviços médicos e dentários (0,76%); cabeleireiro
(0,70%).
O cigarro (1,89%) refletiu reajustes ocorridos em determinadas marcas e
regiões, além de redução nos preços.
Quanto aos índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de
Salvador (1,41%), destacando-se a alta de 2,55% nos preços dos alimentos. O
menor foi o da região metropolitana de Vitória (0,28%), onde os alimentos
ficaram em 0,36%, bem abaixo da média nacional (1,06%).
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no
período de 29 de janeiro a 29 de fevereiro de 2016 (referência) com os preços
vigentes no período de 30 de dezembro de 2015 a 28 de janeiro de 2016 (base).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com
rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte,
e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de
Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Indice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fica em 0,95%
O Indice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de
0,95% em fevereiro, e foi menor que o de janeiro (1,51%) em 0,56 p.p. Nos dois
primeiros meses do ano, o índice acumula 2,47%, inferior aos 2,66% de igual
período de 2015. Nos últimos doze meses o índice ficou em 11,08%, abaixo da
taxa de 11,31% dos doze meses anteriores. Em fevereiro de 2015 o INPC foi 1,16%.
Os produtos alimentícios se apresentaram com 1,19% em fevereiro, enquanto
em janeiro a alta foi 2,41%. O agrupamento dos não alimentícios teve
variação de 0,84% em fevereiro, abaixo da taxa de 1,11% de janeiro.
O maior índice regional foi o da região metropolitana de Recife (1,61%),
destacando-se a alta de 9,24 % nas tarifas dos ônibus urbanos, refletindo o
reajuste de 14,28% em vigor desde o dia 19 de janeiro. Os menores índices
ficaram com Vitória (0,40%) e Campo Grande (0,44%), onde os preços dos
alimentos subiram 0,44% em ambas, bem abaixo da média nacional (1,19%).
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no
período de 29 de janeiro a 29 de fevereiro de 2016 (referência) com os preços
vigentes no período de 30 de dezembro de 2015 a 28 de janeiro de 2016 (base).
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com
rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado,
e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de
Goiânia, Campo Grande e de Brasília. As informações partem da assessoria de
imprensa do IBGE.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 07/11/2024 17:50