Porto Alegre, 11 de abril de 2023 – O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
ficou em 0,71% em março. No ano, a inflação acumula alta de 2,09% e, nos últimos 12 meses, de
4,65%, abaixo dos 5,60% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2022, a
variação foi de 1,62%. Os dados foram divulgados hoje (11) pelo IBGE.
O grupo Transportes foi o destaque no índice de março, sendo responsável pelo maior impacto
(0,43 p.p.) e maior variação (2,11%). Em seguida vieram Saúde e cuidados pessoais (0,82%) e
Habitação (0,57%), que desaceleraram em relação a fevereiro, contribuindo com 0,11 p.p. e 0,09
p.p., respectivamente. Por outro lado, Artigos de residência (-0,27%), que teve alta de 0,11% em
fevereiro, foi o único grupo pesquisado a registrar queda este mês. Os demais ficaram entre o
0,05% de Alimentação e bebidas e o 0,50% de Comunicação.
A gasolina (8,33%), subitem com maior impacto individual no índice de março (0,39 p.p.), teve
grande peso na alta verificada em Transportes. O etanol (3,20%) também subiu. Os resultados da
gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos
federais no início do mês, estabelecido pela Medida Provisória 1157/2023. Havia, portanto, a
previsão do retorno da cobrança de PIS/COFINS sobre esses combustíveis a partir de 1º de março”,
explica o analista da pesquisa, André Almeida.
Gás veicular (-2,61%) e óleo diesel (-3,71%) continuaram em queda em março. Já as passagens
aéreas, que haviam recuado 9,38% em fevereiro, caíram 5,32% desta vez. Reajustes em tarifas de
táxi em Belo Horizonte, em ônibus intermunicipal na região metropolitana do Rio de Janeiro, além
de ônibus urbano em quatro áreas de abrangência do índice, também influenciaram em Transportes.
O grupo Saúde e cuidados pessoais, por sua vez, foi impactado principalmente pela alta de 1,20%
do plano de saúde, que segue incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos
referentes ao ciclo de 2022-2023. Numa comparação com o mês anterior (2,80%), os itens de higiene
pessoal (0,72%) apresentaram uma variação menos intensa. Os artigos de maquiagem subiram 4,80%,
enquanto os produtos para pele tiveram queda de 2,42% em março.
No grupo Habitação (0,57%), a maior contribuição (0,09 p.p.) veio da energia elétrica
residencial (2,23%). As variações das áreas ficaram entre -0,65% em Belém, onde houve redução
de PIS/COFINS e aumento da alíquota de ICMS, até 9,79% em Porto Alegre, onde as tarifas de uso dos
sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD) foram reincluídas na base de cálculo do
ICMS. O mesmo ocorreu em outras áreas, como Belo Horizonte (4,43%), Curitiba (3,88%) e Vitória
(2,86%). No Rio de Janeiro (2,57%) foram aplicados reajustes de 7,49% e de 6% nas duas
concessionárias pesquisadas, ambos a partir de 15 de março.
Em Alimentação e bebidas (0,05%), a queda da alimentação no domicílio, que passou de 0,04%
em fevereiro para -0,14% em março, exerceu grande influência. Batata-inglesa (-12,80%) e óleo de
soja (-4,01%) tiveram recuos mais intensos na comparação com fevereiro. Cebola (-7,23%), tomate
(-4,02%) e carnes (-1,06%) também tiveram redução. Por outro lado, cenoura (28,58%) e ovo de
galinha (7,64%) foram os destaques dentre as altas.
As informações são do IBGE.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45