Porto Alegre, 26 de agosto de 2022 – Os preços no setor industrial tiveram alta de 1,21% em
julho, em relação ao mês anterior, após uma variação de 1,01% na passagem de maio para junho.
No acumulado do ano, o indicador atingiu 11,46%, segunda maior taxa registrada para um mês de julho
desde o início da série histórica, em 2014. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a taxa foi de
18,04%, caindo em relação ao verificado em junho (18,78%).
Os dados, divulgados hoje (26) pelo IBGE, são do Indice de Preços ao Produtor (IPP), que mede
a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete. Das 24
atividades das indústrias extrativas e da transformação pesquisadas, 17 apresentaram alta em
julho.
A maiores influências no resultado de julho (1,21%) vieram de alimentos (0,69 ponto
percentual), refino de petróleo e biocombustíveis (0,46 p.p.) e, no lado das quedas, metalurgia
(-0,27 p.p.). Já as maiores variações mensais ficaram por conta de fabricação de produtos do
fumo (7,01%), metalurgia (-4,03%), refino de petróleo e biocombustíveis (3,45%) e alimentos
(2,97%).
“Os destaques no mês foram os grupos de alimentos e de refino de petróleo e biocombustíveis.
Os dois juntos responderam por 1,15 pontos percentuais da variação de 1,21% ocorrida no mês de
julho”, frisa o gerente do IPP, Manuel Campos.
A alta de 2,97% no setor de alimentos, atividade com maior peso na taxa de julho (23,66%), teve
grande impacto no cálculo do índice no mês. Os produtos que mais influenciaram o resultado foram
o leite e seus derivados, seguido pelo açúcar, derivados de soja e carnes e suas miudezas de aves
congeladas, explica o analista.
Já o aumento de 3,45% em julho no refino de petróleo e biocombustíveis contribuiu para manter
o grupo na primeira posição da variação acumulada no ano (35,99%) assim como no índice nos
últimos 12 meses (59,94%). Os grandes responsáveis pelo aumento no mês foram o óleo diesel e a
gasolina. Este valor nos últimos doze meses, apesar de elevado, fica distante do recorde de 106,57%
ocorrido em maio de 2021, destaca Campos.
Quanto à metalurgia, na comparação julho contra junho, a variação de preços da atividade
foi de -4,03%, quarta variação negativa de preços no ano e a mais intensa. Desta forma, o setor
acumulou uma variação de -1,32% no ano e de 2,09% em 12 meses.
A variação de preços de 1,21% em relação a junho repercutiu da seguinte maneira entre as
grandes categorias econômicas: 2,14% de variação em bens de capital; 1,08% em bens
intermediários; e 1,28% em bens de consumo, sendo que a variação observada nos bens de consumo
duráveis foi de -0,01%, ao passo que nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis foi de
1,51%. A principal influência veio dos bens intermediários, cujo peso no índice geral foi de
59,10% e respondeu por 0,64 p.p. da variação de 1,21% do IPP.
O gerente analisa ainda que as variações nas taxas cambiais no período também ajudam a
explicar os resultados do índice. “A valorização do dólar frente ao real em 6,3%, maior
variação positiva nos últimos doze meses, elevou o preço dos produtos de exportação, como, por
exemplo, o farelo de soja, e também os custos das matérias primas e insumos que são importados”.
As informações são da Agência CMA.
Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 26/06/2025 13:30