Porto Alegre, 30 de outubro de 2017 – O ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, afirmou durante entrevista ao programa “Por dentro do governo”, que
a reforma da Previdência, principal matéria do Planalto no Congresso
Nacional, precisa ser aprovada durante o governo do atual presidente da
República.
“É importante porque o próximo ano é ano eleitoral e é difícil alguma
aprovação de medidas desse porte, dessa abrangência. É muito importante que
(a reforma da Previdência) seja feita neste governo”, disse.
O ministro também refutou a conclusão apresentada pelo relatório final
da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência que não existe
déficit no sistema previdenciário, principal argumento dos governistas. “A
CPI da Previdência emitiu uma opinião. Os números foram calculados de forma
errada”, arguiu.
“Do nosso ponto de vista, todos os brasileiros poderiam se aposentar o
mais cedo possível. O problema é que alguém tem que pagar a conta e esse
alguém é a população. E nós temos limites de despesa na medida que a
Previdência aumenta cada vez mais a sua conta”, disse. Segundo o relatório
final da CPI, empresas privadas devem cerca de R$ 450 bilhões à Previdência.
Henrique Meirelles comentou ainda acerca de outras reformas planejadas pelo
Planalto, como a trabalhista. “A grande mudança na reforma trabalhista é dar
mais poderes para o trabalhador negociar as suas próprias condições de
trabalho. Nós acreditamos que com a reforma isso nos dará condições de criar
mais de 6 milhões de novos empregos no Brasil”, disse.
Em relação à reforma tributária, ainda em fase de elaboração por
parte do governo, o ministro destacou o papel de simplificação dos tributos.
“Nós temos no Brasil uma tributação que muitas vezes é complicada, porque
tem ICMS, IPI, PIS/Cofins, IR, tributos por município, para os Estados, guerras
fiscais entre os Estados e os tributos federais… O que nós estamos pensando
é em simplificar o sistema, para em última análise beneficiar o cidadão”,
disse.
Durante a entrevista, Meirelles deu um panorama geral da economia
brasileira. “Atravessamos a maior recessão da nossa história, uma crise dessa
profundidade tem os seus efeitos que se prolongam por um tempo. Mas agora a
crise já acabou e o Brasil está crescendo. Estão sendo criados empregos no
Brasil. Hoje já temos criados, desde o início do ano, mais de 1 milhão de
empregos”, detalhou.
O ministro também voltou a destacar a projeção do governo de crescimento
de 2% do PIB em 2018, com viés de alta. “Os indicadores mostram que é muito
provável que seja maior. Vamos fazer uma revisão proximamente, mas não me
surpreenderia se estiver acima de 3% de crescimento para o ano de 2018”,
comentou. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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