Porto Alegre, 1 de fevereiro de 2023 – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central (BC) decide hoje (1), em Brasília, o futuro da taxa básica de juros, a Selic. Ao fim do
dia, o Copom anunciará a decisão. A maioria do mercado mantém aposta em manutenção da Selic em
13,75% ao ano. Mas as dúvidas em torno da questão fiscal e os sinais de inflação em alta sugerem
cautela, que deverá ser mantida no comunicado.
De acordo com o boletim Focus, a Selic deverá fechar o ano em 12,50% ao ano, acima do projetado
pelo mercado quando da última reunião do colegiado, quando a previsão era de 11,75%. Com isso, a
possibilidade do comitê iniciar os cortes esperados nos juros no primeiro trimestre é cada vez
menor.
O Morgan Stanley disse acreditar que o Banco Central (BC) mantenha a Selic em 13,75%. A
avaliação se baseia na permanente inflação e a perspectiva dela para o próximo triênio.
“Continuamos a ver uma alta estrutural do DI como improvável por enquanto e continuamos muito
focados nas expectativas de Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 a 2026,
pois uma maior desancoragem pode levar os mercados a precificar uma retomada do ciclo de alta em
2023”, aponta a instituição.
Os itens a serem observados, para o Morgan Stanley, são as condições fiscais, os comentários
do BC sobre a disseminação da inflação em 2023 – e nos três anos posteriores -, e as
projeções do BC para a inflação no biênio 2023-24.
Em relatório, a Goldman Sachs também vê a Selic inalterada. “Dados os recentes
desenvolvimentos macrofinanceiros e a orientação dada na reunião de 7 de dezembro, esperamos que
o Copom siga inalterada em 13,75%”, afirmou a casa.
Por outro lado, o banco espera que a orientação seja hawkish, indicando que o Copom
permanecerá vigilante e não hesitará em retomar o ciclo de caminhada caso a desinflação não
evolua como esperado.
Além disso, o Copom pode concomitantemente endurecer a linguagem para dar mais ênfase aos
riscos ascendentes para a inflação decorrentes do quadro fiscal e da recente incerteza criada por
funcionários do governo em relação ao quadro monetário.
A XP disse que desde a última reunião do Comitê, as projeções para a economia se
deterioram. Neste cenário, a empresa reviu o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
de 5,0% para 5,5% em 2023 e manteve a alta de 3,0% em 2024, além de manutenção da Selic em 13,75%
na próxima reunião do Copom.
“A alta nas expectativas contribuiu para uma maior projeção de IPCA, ainda que a apreciação
do câmbio, a menor inércia e preços de commodities elevados tenham agido na outra direção. O
efeito sobre a inflação de preços livres em 2023 (75% do IPCA) corresponde a +0,38 ponto
percentual (pp), segundo nossos cálculos. A previsão para a inflação de preços administrados
(25% do IPCA), por sua vez, deve subir de 9,1% para 9,7%”, analisou a XP.
A companhia continuou: “Para 2024, estimamos que a projeção fique estável em 3,0%. A
elevação da taxa Selic compensa a contribuição altista das expectativas e da inércia. A
inflação de bens administrados deve ter leve aumento, de 4,2% para 4,5%”. As informações são da
Agência CMA.
Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45