Porto Alegre, 9 de fevereiro de 2021 – O governo federal está discutindo
“o tempo todo” uma nova rodada de auxílio emergencial, embora isso seja
prejudicial para a economia, afirmou o presidente Jair Bolsonaro ontem em
entrevista para a rede de televisão Band.
“Não podemos dizer que está recuperada a economia. Hoje foi discutida
alternativas para isso daí. [O auxílio emergencial], isso é discutido o tempo
todo”, disse ele durante a conversa, ao ser questionado sobre uma nova rodada
de pagamentos.
“O Paulo Guedes tem dito: se a pandemia continuar e a economia não pegar,
vamos discutir para ontem a questão de uma prorrogação do auxílio
emergencial, mas sabemos que isso aí traz problema para a economia, e trazendo
problema para a economia o dólar sobe. Se o dólar subir, aumenta o preço do
combustível”, afirmou.
Foi a primeira vez em que o presidente Jair Bolsonaro falou de forma aberta
sobre uma nova rodada de auxílio emergencial. Antes dele, Guedes havia
considerado publicamente a hipótese de pagamento do auxílio, desde que a
despesa gerada pelos novos pagamentos fosse compensada de outra forma – ainda
que no médio prazo, via congelamento de salários de funcionários públicos,
por exemplo.
O Congresso também está inclinado a aprovar uma nova rodada de auxílio
emergencial, com compromisso público de se discutir o assunto assumido pelo
presidente do Legislativo, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Bolsonaro também repetiu, na entrevista de ontem, algo que Guedes defendeu
recentemente, que era pagar uma nova rodada de auxílio emergencial apenas para
parte dos antigos beneficiários do programa.
“Eu acho que vai ter, vai ter uma prorrogação”, disse o presidente. “O
que está sendo estudado? Linha de corte”, acrescentou, em outro ponto da
conversa. “Se não fizer com responsabilidade isso, acaba tendo a desconfiança
do mercado, aumenta o valor do dólar. Não é assim, ‘vou fazer, vou dar'”.
Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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