Porto Alegre, 3 de março de 2015 – O Ibovespa opera em alta sustentado
pela valorização das ações de Petrobras e Vale. A estatal anunciou ontem o
plano de desinvestimento no montante de US$ 13,7 bilhões e a mineradora
surpreendeu com o anúncio da extensão do acordo de monetização de ativos de
ouro, como subproduto em suas minas de cobre no Pará.
“Tivemos notícias corporativas que parecem ter agradado o mercado,
principalmente no caso da Petrobras, embora não seja grande novidade. Os
desinvestimentos já eram esperados e não resolvem os problemas [da estatal],
mas ajudam após o papel ser bastante penalizado”, explica João Pedro
Brügger, analista da Leme Investimentos.
Para Eduardo Machado, analista da Amaril Franklin, também seriam os
fatores domésticos coorporativos os responsáveis pela alta do Ibovespa, com
destaque para a Petrobras.
“A alta é sustentada em função da Petrobras. Não teria nenhum motivo
para essa alta do Ibovespa hoje, que deve continuar mantendo esse viés
positivo para o índice”, diz Franklin.
A diretoria da Petrobras aprovou a revisão do plano de desinvestimento
da estatal para os anos de 2015 e 2016 no montante de R$ 13,7 bilhões. Com a
revisão, o valor dos desinvestimentos ficou 24,5% superior ao teto do do
potencial desinvestimento anunciado pela companhia no ano passado para o
intervalo de 2014 a 2018, que variava entre US$ 5 bilhões a US$ 11 bilhões.
Desse montante, 40% deverão vir da venda de ativos no segmento de Gás e
Energia. Outros 30% das áreas de Exploração e Produção no Brasil e no
exterior e mais 30% da área de Abastecimento.
A mineradora Vale também estendeu o acordo com a canadense Silver Wheaton
(SLW) para a venda de 25% adicionais do ouro produzido como subproduto das
minas de cobre em Salobo, localizada no Pará.
O novo acordo prevê o pagamento inicial em dinheiro de US$ 900 milhões e
mais uma remuneração em fluxos futuros baseado no menor valor entre a
cotação de mercado e US$ 400 por onça, sendo o valor atualizado a 1% a partir
de 2017.
Por volta das 12h32, o principal índice da BM&FBovespa subia 0,60% a
51.337 pontos, com giro financeiro de R$ 1,908 bilhão. No mercado futuro, o
contrato do índice com vencimento em abril subia 0,40% aos 51.930 pontos.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) tinham alta de 2,65% a R$
9,65 e as ordinárias (PETR3) de 2,26% a R$ 9,49. Os papéis PN da Vale (VALE5)
subiam 1,45% a R$ 18,19 e os ordinários (VALE3) 2,09% a R$ 20,99.
Apesar da alta, Brügger alerta que os mercados no campo negativo lá fora
podem influenciar o Ibovespa. Entre as razões para a queda, estaria uma
declaração do presidente do Fed de Dallas, Richard Fisher, que teria defendido
hoje que os juros nos Estados Unidos subissem antes, ao invés da
normalização da política monetária ser postergada.
“Assim que ele mencionou que era melhor que os juros subam mais cedo que
mais tarde, os mercados lá fora reagiram, o dólar acelerou a alta e os DIs
inverteram”, aponta o analista da Leme Investimentos. As informações partem
da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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