ECONOMIA: Petrobras e Vale devem fazer Ibovespa iniciar mês em queda

Porto Alegre, 3 de novembro de 2014 – O Ibovespa, principal índice da
BM&FBovespa, deverá encerrar a primeira sessão do mês no campo negativo
influenciado pela desconfiança dos investidores com a Petrobras em relação à
demora para a divulgação dos resultados financeiros do terceiro trimestre,
além da decisão sobre o aumento de combustível pelo conselho de
administração.

De acordo com o sócio da DNAinvest, Leonardo Ramos, a queda também é
causada por uma realização de lucro do investidor após uma alta expressiva na
sexta-feira. “Por enquanto, a principal razão são os desdobramentos dos
casos relacionados à Petrobras. Rumores de que a PwC [PriceWaterhouseCoopers]
teria se recusado a aprovar o balanço causa apreensão”.

Ramos disse também que a expectativa de crescimento mais lento da
economia chinesa continua pesando sobre os papéis da mineradora Vale, cujas
ações também desvalorizam neste pregão. O índice dos gerentes de compras
(PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial da China subiu para 50,4
pontos em outubro, de 50,2 pontos em setembro.

“Essa queda do Ibovespa ainda reflete a expectativa com resultados
financeiros ruins, pois entre os números reportados houve muitas surpresas
negativas”, diz o analista da Uniletra Corretora, Waldney Trindade Nery. Ele
acredita que o cenário para hoje é de queda, porém, ela pode desacelerar, uma
vez que os preços baixos dos ativos inspiram compras pelos investidores.

Há pouco, o Ibovespa caía 2,36%, aos 53.339 pontos, e, no mercado
futuro, os contratos do índice com vencimento em dezembro recuavam 2,38%, aos
53.970 pontos. Dentre as ações com maior peso, as da Petrobras (PETR4; -4,18%,
a R$ 14,63), as do Itaú Unibanco (ITUB4; -1,87%, a R$ 36,03) e as do Bradesco
(BBDC4; -2,54%, a R$ 36,36) lideravam as perdas. As informações partem da
Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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