ECONOMIA: Petróleo opera com mais de 2,5% de queda com China e dólar

Porto Alegre, 22 de agosto de 2016 – Os preços dos contratos futuros do
petróleo operam com mais de 2,5% de queda, pressionados pelo aumento das
exportações de refinados da China em julho, pela valorização do dólar e
pela expectativa de aumento da produção de países como Iraque e Nigéria.

Por volta de 11h30 (de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI
negociado na Nymex com entrega para setembro – que expira hoje – caía 2,69%,
para US$ 47,21 o barril. Já o contrato do WTI com entrega para outubro recuava
2,78%, para US$ 47,74. Na ICE, o preço do contrato de petróleo tipo Brent com
entrega para outubro tinha queda de 2,81%, para US$ 49,43 o barril.

As exportações de gasolina da China em julho mais que dobraram ante o
mesmo período de 2015, somando 970 mil toneladas, enquanto as exportações de
diesel triplicaram para 1,53 milhão de toneladas. Os dados alimentaram as
preocupações com o excesso global de estoques de combustíveis. Já as
importações chinesas de petróleo cresceram 1,2% em julho na comparação com
o mesmo mês de 2015, para 31,07 milhões de toneladas.

Além do dólar forte, contribui também com o tom pessimista do mercado o
aumento da atividade de exploração norte-americana. Dados divulgados na
sexta-feira indicam que a produção dos Estados Unidos continua aumentando.
Soma-se a esse dado especulações de que o Iraque estaria pronto para elevar
suas exportações, enquanto na Nigéria grupos militantes estariam dispostos a
dialogar com o governo e interromper os ataques a regiões produtoras de
petróleo.

Por fim, os investidores voltam a questionar a possibilidade de grandes
produtores fecharem um acordo para limitar a oferta global a fim de estabilizar
as cotações. Em abril, uma iniciativa semelhante falhou por falta de adesão
da Arábia Saudita e do Irã. Em setembro, membros da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep) devem se reunir para discutir novamente o
assunto. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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