Porto Alegre, 13 de outubro de 2015 – O Produto Interno Bruto (PIB) do
Brasil deve recuar 2,9% este ano e cair mais 1,4% em 2016, segundo projeções
da 4E Consultoria, que inicia as atividades hoje com quatro sócios,
ex-integrantes da Tendências Consultoria.
Segundo Bruno Rezende, um dos sócios da 4E, as projeções consideram o
efeito da fraca confiança do empresário e do consumidor ainda pressionando os
níveis de atividade pelo menos até o primeiro semestre do ano que vem.
“Não vemos nenhum grande gatilho para a retomada da confiança no curto
prazo, mantendo o cenário ainda bastante conturbado. Além da confiança, há
um impacto da queda de investimentos decorrentes de desdobramentos da Lava
Jato”, disse.
Rezende também atribui a perspectiva de retomada mais lenta do
crescimento aos níveis de capacidade ociosa atuais. Segundo ele, para que a
indústria e o mercado imobiliário voltem a investir, seria necessário
primeiro usar essa capacidade já existente e vender estoques de imóveis para
então tomar essa decisão.
INFLAÇÃO
Apesar dos esforços do governo e do Banco Central em tentar atingir o
centro da meta de inflação, a 4E Consultoria acredita que a taxa encerrará
este ano em 10,2%, desacelerará para 6,6% no ano que vem, mas continuará
operando acima de 4,5% pelo menos até 2018.
Rezende afirmou que a previsão para 2016 considera o repasse cambial aos
preços e o impacto da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico
(Cide-Combustíveis). “Esperamos que volte, considerando que o governo não
deve conseguir aprovar a CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira].”
Os cenários contam com um dólar no final de 2015 a R$ 4,10, e a R$ 4,40
no fim do período de 2016. Segundo Rezende, a inflação deve voltar para
dentro da banda de 3% a 6% em 2017, devendo atingir 5,5%. Para 2018 é esperada
uma inflação de 5,3%.
JUROS
Dado o nível de atividade fraco, mesmo com o desafio de controle da
inflação, as estimativas da 4E Consultoria trabalham com a manutenção da
atual taxa de juros de 14,25% ao ano até o fim de 2015. Para o ano que vem, a
projeção é de queda para 12,50% ao ano e, em 2017, para 11%.
4E CONSULTORIA
Recém-criada, a 4E Consultoria inicia as atividades hoje, com quatro
sócios, todos ex-integrantes da Tendências Consultoria, incluindo Juan Jensen,
que até agosto ocupava o cargo de diretor executivo (CEO) e economista-chefe
da antiga casa, onde ficou por 14 anos. A equipe também é formada por Bruno
Rezende, Bruno Lavieri e Thiago Curado.
Segundo Rezende, o foco será combinar macroeconomia à inteligência
competitiva, por meio da simulação de cenários com métodos quantitativos,
com modelos semelhantes aos usados pelo Banco Central, para auxiliar os clientes
da consultoria na tomada de decisão, com projeções de cenários de até 20
anos.
A oferta da consultoria começa com dois produtos gratuitos, incluindo uma
carta mensal macroeconômica e o Radar 4E, que abordará variáveis econômicas
num horizonte de até dois anos. O pacote pago incluirá relatórios mensais
mais densos e de longo prazo e produtos trimestrais, além de atendimento
cliente a cliente, com oferta de serviços de Inteligência Competitiva. As
informações partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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