Porto Alegre, 23 de setembro de 2014 – Os principais índices do mercado
de ações da Europa fecharam as negociações em queda, após a divulgação de
números ruins para os índices dos gerentes de compras (PMI, na sigla em
inglês) do mês de setembro. O sentimento do mercado também foi impactado
negativamente pelos ataques contra o Estado Islâmico na Síria e por mudanças
regulatórias anunciadas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos que
deverão limitar o número de fusões e aquisições.
Segundo divulgado pelo instituto Markit Economics, o PMI sobre a
atividade industrial da zona do euro caiu a 50,5 pontos em setembro – menor
leitura desde julho do ano passado -, de 50,7 pontos em agosto. O mesmo dado, na
Alemanha, também teve queda, para 50,3 pontos em setembro – menor nível em um
ano e três meses -, de 51,4 pontos no mês anterior.
O PMI de serviços da eurozona caiu de 53,1 pontos para 52,8 pontos, e o
PMI Composto, que agrega os índices do setor de serviços e da indústria, caiu
de 52,5 pontos em agosto para 52,3 pontos em setembro, menor nível em nove
meses.
Entre as maiores economias, o setor privado da Alemanha apresentou o
crescimento mais forte, liderado pelo setor de serviços, enquanto a França
continuou a registrar contração, com o PMI atingindo o menor nível em três
meses. “A pesquisa mostra um quadro de mal-estar na economia da zona do euro.
Com desaceleração na produção e na demanda, o emprego novamente não mostrou
melhora significativa”, disse em nota Chris Williamson, economista-chefe do
Markit.
“Em última análise, a eurozona está uma bagunça, com a inflação, o
crescimento, o emprego e a indústria fracos. Mário Draghi [presidente do Banco
Central Europeu] já tomou vários passos, que até agora não tiveram impacto
significativo”, afirmou o analista da Alpari, Joshua Mahony. “[Porém,] o
problema tem soluções tanto fiscais como monetárias, e será interessante ver
se a ênfase agora se voltará a maiores gastos por parte de países como
França e Alemanha”.
Outro fator que ajudava na queda dos índices de ações foi a
divulgação feita ontem pelo governo dos Estados Unidos de novas regras para
combater a chamada inversão fiscal, estratégia usada por empresas
norte-americanas que adquirem uma companhia estrangeira e mudam sua sede para
outro país, a fim de pagar menos impostos.
De acordo com o analista de mercado da CMC Markets, Jasper Lawrence, as
ações de empresas de saúde do Reino Unido e da Irlanda foram vendidas
bruscamente após o anuncio, já que companhias britânicas vinham
protagonizando acordos deste tipo com norte-americanas. Foi o caso da
aquisição da Shire pela AbbVie e da tentativa de compra da AstraZeneca pela
Pfizer. Com as novas regras, a atividade de fusão e aquisição deve arrefecer.
Os conflitos geopolíticos também voltaram a impactar negativamente o
mercado, após os Estados Unidos confirmarem que seu exército e as forças
armadas de cinco países árabes realizaram ataques aéreos na noite de ontem
contra posições do grupo radical Estado Islâmico (EI) na Síria.
O índice FTSE-100, de Londres, fechou com queda de 1,44%, a 6.676,08
pontos; o DAX-30, de Frankfurt, teve perda de 1,58%, a 9.595,03 pontos; o
CAC-40, de Paris, caiu 1,87%, a 4.359,35 pontos; o FTSE MIB, de Milão, fechou
com baixa 1,56%, a 20.351,03 pontos; o Ibex-35, de Madri, teve queda de 1,33%, a
10.801,80 pontos; e o SMI-20, de Zurique, caiu 0,61%, a 8.763,80 pontos. As
informações partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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