São Paulo, 10 de outubro de 2017 – O Fundo Monetário Internacional (FMI)
revisou para cima as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
mundial para este ano e o próximo, citando o desempenho melhor do que o
esperado tanto nas economias avançadas como nas emergentes este ano, com
destaque para a Europa e a China.
Segundo o relatório trimestral de Projeções Econômicas Mundiais (WEO,
na sigla em inglês), o PIB global deve crescer 3,6% em 2017 e 3,7% em 2018. O
documento anterior, publicado em julho, previa altas de 3,5% e 3,6%,
respectivamente. Em 2016, a economia global cresceu 3,2%.
Para as economias avançadas o crescimento será de 2,2% este ano e 2% no
próximo, acima das projeções de 2% e 1,9% feitas em julho. Já para os
países emergentes e em desenvolvimento, a previsão para 2017 ficou inalterada
em 4,6%, mas a projeção de 2018 subiu de 4,8% para 4,9%. Em 2016, os
avançados cresceram 1,7% e os emergentes, 4,3%.
“A atividade econômica deve se recuperar em todos os grupos de países,
exceto o Oriente Médio”, diz o FMI no relatório. “Em linha com o crescimento
maior que o esperado nos países avançados até agora em 2017, em especial na
zona do euro, a projeção foi revisada para cima”. Já as revisões positivas
nas estimativas dos emergentes “refletem principalmente a atividade mais forte
na China e nos países emergentes da Europa em 2017 e 2018”.
Segundo o Fundo, países exportadores de commodities como Brasil e Rússia,
que passaram por forte recessão em 2015 e 2016, estão retomando o crescimento
e ajudaram a melhorar os dados de 2017. No entanto, o cenário entre os
emergentes continua heterogêneo, com avanços mais sólidos na Ásia e
dificuldades em muitos locais da América Latina, da África Subsaariana e do
Oriente Médio.
Em termos globais, o FMI aponta uma retomada nos investimentos, no
comércio e na produção industrial, assim como uma melhora na confiança do
consumidor e do empresário. “No entanto, a recuperação não está completa.
Embora a projeção-base seja boa, o crescimento continua fraco em muitos
países”, diz o relatório.
“As perspectivas para as economias avançadas melhoraram, principalmente
na zona do euro, mas em muitos países a inflação segue baixa, indicando uma
ociosidade que ainda não foi eliminada; além disso, as projeções para o PIB
per capita são constrangidas pelo fraco crescimento da produtividade e pela
taxa de dependência da população idosa”, acrescenta o documento.
As informações são da agência CMA.
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