Porto Alegre, 4 de abril de 2017 – Em fevereiro de 2017, a produção
industrial nacional mostrou variação positiva de 0,1% frente ao mês
imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após
registrar queda de 0,2% em janeiro, conforme dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior,
o total da indústria apontou queda de 0,8% em fevereiro de 2017, após avançar
1,4% em janeiro último, quando interrompeu trinta e quatro meses consecutivos
de resultados negativos nesse tipo de comparação. Assim, o setor industrial
acumulou variação positiva de 0,3% nos dois primeiros meses de 2017. A taxa
anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, com o recuo de 4,8% em
fevereiro de 2017, permaneceu com a redução no ritmo de queda iniciada em
junho de 2016 (-9,7%).
De janeiro para fevereiro, 13 dos 24 ramos industriais cresceram
O ligeiro acréscimo de 0,1% da atividade industrial, na passagem de janeiro
para fevereiro de 2017, mostrou taxas positivas em três das quatro grandes
categorias econômicas e em 13 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, os
principais impactos positivos foram registrados por veículos automotores,
reboques e carrocerias (6,1%) e máquinas e equipamentos (9,8%), com ambos
revertendo os recuos observados no mês anterior: -8,4% e -6,1%. Outros
destaques positivos sobre o total nacional vieram de coque, produtos derivados
do petróleo e biocombustíveis (2,0%), de produtos de metal (4,0%), de
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,8%) e de confecção de artigos
do vestuário e acessórios (3,4%).
Por outro lado, entre os onze ramos que reduziram a produção nesse mês,
o desempenho de maior importância para a média global foi assinalado por
produtos alimentícios (-2,7%), que interrompeu dois meses consecutivos de
expansão na produção, período em que acumulou ganho de 1,8%. Outras
contribuições negativas relevantes vieram de perfumaria, sabões, produtos de
limpeza e de higiene pessoal (-3,7%), de celulose, papel e produtos de papel
(-5,6%), de metalurgia (-1,9%) e de indústrias extrativas (-0,5%). Vale
ressaltar que essas atividades mostraram taxas positivas em janeiro de 2017:
0,2%, 3,2%, 1,6% e 1,0%, respectivamente.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês
imediatamente anterior, bens de consumo duráveis (7,1%) e bens de capital
(6,5%) apontaram os resultados positivos mais acentuados em fevereiro de 2017,
com o primeiro eliminando o recuo de 4,8% assinalado em janeiro último; e o
segundo recuperando parte da perda de 7,0% registrada nos meses de dezembro de
2016 e janeiro de 2017. O segmento de bens intermediários (0,5%) também
apontou avanço nesse mês e completou a quarta taxa positiva consecutiva,
acumulando nesse período expansão de 3,6%. Por outro lado, o setor produtor de
bens de consumo semi e não-duráveis (-1,6%) mostrou a única taxa negativa em
fevereiro de 2017 e devolveu parte do ganho de 7,2% acumulado nos meses de
dezembro de 2016 e janeiro de 2017.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média
móvel trimestral para o total da indústria assinalou acréscimo de 0,8% no
trimestre encerrado em fevereiro de 2017 frente ao nível do mês anterior,
após também avançar em janeiro de 2017 (0,9%) e dezembro do ano passado
(0,6%), quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em julho de 2016.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste
índice na margem, bens de consumo duráveis (2,4%) mostrou o avanço mais
elevado nesse mês e manteve a sequência de resultados positivos iniciada em
novembro de 2016. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis
(1,8%) e de bens intermediários (0,9%) também registraram taxas positivas em
fevereiro de 2017, com ambos prosseguindo com a trajetória ascendente iniciada
em novembro do ano passado. Por outro lado, o segmento de bens de capital
(-0,4%) mostrou a única queda nesse mês e permaneceu com o comportamento
negativo presente desde setembro de 2016.
Indústria recuou 0,8% em relação a fevereiro de 2016
Na comparação com fevereiro de 2016, o setor industrial assinalou
redução de 0,8% em fevereiro de 2017, com resultados negativos em duas das
quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 26 ramos, 46 dos 79 grupos e 53,2%
dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que fevereiro de 2017 (18 dias) teve
um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (19). Entre as
atividades, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-10,7%) e
produtos alimentícios (-6,0%) exerceram as maiores influências negativas na
formação da média da indústria, pressionadas, em grande parte, pelos itens
óleo diesel, naftas para petroquímica e gasolina automotiva, na primeira; e
açúcar cristal e refinado de cana-de-açúcar, sucos concentrados de laranja,
carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas e rações, na segunda.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de
outros produtos químicos (-3,6%), de outros equipamentos de transporte
(-11,4%), de produtos de minerais não-metálicos (-4,3%), de impressão e
reprodução de gravações (-16,3%), de produtos de metal (-4,1%), de
perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-8,0%), de
celulose, papel e produtos de papel (-3,4%) e de máquinas, aparelhos e
materiais elétricos (-4,7%).
Por outro lado, ainda na comparação com fevereiro de 2016, entre as nove
atividades que apontaram aumento na produção, a principal influência no total
da indústria foi registrada por veículos automotores, reboques e carrocerias
(18,7%), impulsionada, em grande parte, pelos itens automóveis, veículos para
transporte de mercadorias e autopeças.
Vale destacar também os resultados positivos vindos de indústrias
extrativas (4,7%), de máquinas e equipamentos (11,0%), de equipamentos de
informática, produtos eletrônicos e ópticos (13,1%) e de confecção de
artigos do vestuário e acessórios (6,4%), influenciados, principalmente, pela
maior produção de minérios de ferro, óleos brutos de petróleo e gás
natural, no primeiro ramo; de rolamentos de esferas, agulhas, cilindros ou
roletes, máquinas para colheita e suas partes e peças, tratores agrícolas,
carregadoras-transportadoras, aparelhos de ar-condicionado de paredes e de
janelas (inclusive os do tipo split system), motoniveladores, aparelhos de
ar-condicionado para veículos e máquinas de limpeza ou polimento por jato de
água, no segundo; de televisores, cartões inteligentes (smart cards), placas
de circuito impresso montadas para informática, telefones celulares e antenas,
no terceiro; e de conjuntos de malha de uso feminino, vestidos de malha,
bermudas, jardineiras, shorts e semelhantes, camisas e camisetas de malha,
sutiãs e calcinhas, no último.
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens intermediários
(-2,5%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-2,5%) assinalaram, em
fevereiro de 2017, os resultados negativos entre as grandes categorias
econômicas e apontaram quedas mais intensas do que a observada na média
nacional (-0,8%). Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis, com
expansão de 19,8%, registrou o avanço mais acentuado nesse mês, enquanto o
setor produtor de bens de capital (2,9%) mostrou crescimento mais moderado
O segmento de bens intermediários recuou 2,5% no índice mensal de
fevereiro de 2017, após apontar avanço de 0,8% em janeiro último, quando
interrompeu trinta e três meses de taxas negativas consecutivas nesse tipo de
comparação. O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos recuos
nos produtos associados às atividades de coque, produtos derivados do
petróleo e biocombustíveis (-11,8%), de produtos alimentícios (-7,8%), de
outros produtos químicos (-3,6%), de produtos de minerais não-metálicos
(-4,5%), de celulose, papel e produtos de papel (-5,2%), de produtos de metal
(-4,5%) e de metalurgia (-1,9%), enquanto as pressões positivas foram
registradas por indústrias extrativas (4,7%), veículos automotores, reboques e
carrocerias (12,3%), máquinas e equipamentos (2,4%), produtos de borracha e de
material plástico (0,8%) e produtos têxteis (1,6%). Ainda nessa categoria
econômica, vale citar também os resultados negativos assinalados pelos
grupamentos de insumos típicos para construção civil (-8,7%), que marcou a
trigésima sexta queda seguida; e de embalagens (-1,7%), que voltou a recuar
após interromper em janeiro de 2017 (0,9%) quatro meses consecutivos de taxas
negativas na comparação com igual mês do ano anterior.
O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis, ao recuar 2,5%
em fevereiro de 2017, voltou a mostrar resultado negativo após interromper em
janeiro último (1,5%) oito meses de taxas negativas consecutivas. O desempenho
nesse mês foi explicado, em grande parte, pela queda observada no grupamento de
alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-3,9%), pressionado,
principalmente, pela menor produção de sucos concentrados de laranja, carnes
de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, refrigerantes, açúcar refinado
de cana-de-açúcar, arroz, sorvetes, picolés, queijos, extrato, purês e
polpas de tomate e bebidas lácteas.
Os subsetores de carburantes (-7,1%) e de não-duráveis (-1,8%) também
assinalaram resultados negativos nesse mês, influenciados, em grande medida,
pelos itens gasolina automotiva e álcool etílico, no primeiro; e medicamentos,
amaciantes e sabões ou detergentes líquidos e em pó, no segundo. Por outro
lado, o grupamento de semiduráveis (3,5%) apontou o único resultado positivo
nessa categoria, impulsionado, sobretudo, pela maior produção de tênis de
material sintético montado, conjuntos de malha de uso feminino, discos
fonográficos (CDs), telefones celulares, calçados de plástico moldado
feminino, camisas, camisetas, blusas e semelhantes para uso profissional,
vestidos de malha, bermudas, jardineiras, shorts e semelhantes de uso masculino
e piscinas de plástico.
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de
consumo duráveis cresceu 19,8% em fevereiro de 2017, quarto resultado positivo
consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde fevereiro de 2014
(23,3%). Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelos avanços na
fabricação de automóveis (34,7%) e de eletrodomésticos da “linha marrom”
(28,4%) e da “linha branca” (15,5%). Por outro lado, motocicletas (-4,4%) e os
grupamentos de móveis (-11,9%) e de outros eletrodomésticos (-1,8%) apontaram
os impactos negativos mais importantes.
A produção de bens de capital, ao crescer 2,9% em fevereiro de 2017,
apontou a quarta taxa positiva consecutiva na comparação com igual mês do ano
anterior, mas com expansão menos acentuada do que a verificada em janeiro
último (4,5%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi
influenciado, em grande parte, pelos avanços observados nos grupamentos de bens
de capital agrícola (47,7%) e para construção (44,2%). Por outro lado, o
principal impacto negativo foi assinalado pelo grupamento de bens de capital
para equipamentos de transporte (-3,5%), pressionado, em grande medida, pela
queda na produção de caminhões e aviões. As demais taxas negativas foram
registradas por bens de capital para energia elétrica (-14,2%), para fins
industriais (-1,7%) e de uso misto (-4,1%).
Indústria varia 0,3% no ano
No índice acumulado para o período janeiro-fevereiro de 2017, frente a
igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou acréscimo de 0,3%,
com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 14
dos 26 ramos, 40 dos 79 grupos e 51,2% dos 805 produtos pesquisados. Entre as
atividades, indústrias extrativas (8,7%) e veículos automotores, reboques e
carrocerias (12,0%) exerceram as maiores influências positivas na formação da
média da indústria, impulsionadas, em grande parte, pelos itens minérios de
ferro, óleos brutos de petróleo e gás natural, na primeira; e automóveis,
veículos para transporte de mercadorias, caminhão-trator e autopeças, na
segunda. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional
vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos
(18,5%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,4%) e de
máquinas e equipamentos (3,3%).
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os
dois primeiros meses de 2017 mostrou maior dinamismo para bens de consumo
duráveis (11,6%) e bens de capital (3,7%), impulsionadas, em grande parte, pela
ampliação na fabricação de automóveis (19,8%) e eletrodomésticos (17,4%),
na primeira; e de bens de capital agrícola (26,1%) e para construção
(39,5%), na segunda. Vale destacar, nos dois grandes grupamentos, a influência
da baixa base de comparação, uma vez que no primeiro bimestre de 2016 esses
segmentos apontaram recuos de 29,0% e de 30,4%, respectivamente. Por outro lado,
os setores produtores de bens intermediários (-0,8%) e de bens de consumo semi
e não-duráveis (-0,5%) assinalaram as taxas negativas no índice acumulado do
primeiro bimestre de 2017. As informações partem da assessoria de imprensa do
IBGE.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 12/12/2025 10:10