Porto Alegre, 1 de novembro de 2019 – Em setembro de 2019, a produção
industrial variou 0,3% frente a agosto (série com ajuste sazonal), de acordo
com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Essa foi a segunda taxa positiva seguida, com acúmulo de 1,5% nesse
período. Na comparação com setembro de 2018 (série sem ajuste sazonal),
houve alta de 1,1%, interrompendo, assim, três meses de resultados negativos
consecutivos: junho (-5,9%), julho (-2,5%) e agosto (-2,1%).
Nos nove meses de 2019, o setor industrial acumulou queda de 1,4%. Já o
acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 1,4%, mostrou redução na
intensidade de perda frente ao resultado de agosto (-1,7%), o que interrompe a
trajetória predominantemente descendente iniciada em julho de 2018 (3,2%).
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF)
Brasil.
Na alta de 0,3% da indústria na passagem de agosto para setembro de 2019,
3 das 4 grandes categorias econômicas e 11 dos 26 ramos pesquisados mostraram
expansão na produção. Entre as atividades, a influência positiva mais
importante foi em veículos automotores, reboques e carrocerias (4,3%), que
reverteu o recuo de agosto (2,4%).
Outros impactos positivos relevantes foram: confecção de artigos do
vestuário e acessórios (6,6%), bebidas (3,5%), produtos de metal (3,7%),
móveis (9,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos
(3,0%) e produtos de borracha e de material plástico (1,4%). Vale ressaltar que
essas atividades apontaram taxas negativas em agosto último: -7,5%, -2,8%,
-0,7%, -5,3%, -0,4% e -1,6%, respectivamente.
Entre os quatorze ramos que reduziram a produção, os desempenhos de maior
importância foram: impressão e reprodução de gravações (-28,6%),
indústrias extrativas (-1,2%), máquinas e equipamentos (-2,8%), produtos
farmoquímicos e farmacêuticos (-4,6%), coque, produtos derivados do petróleo
e biocombustíveis (-0,8%) e produtos do fumo (-7,7%).
Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (2,3%)
mostrou a expansão mais acentuada. Esse resultado eliminou o recuo de 1,4% de
agosto. Bens de consumo semi e não-duráveis (0,5%) e bens intermediários
(0,2%) também assinalaram taxas positivas, com o primeiro revertendo a
variação negativa de agosto (-0,1%); e o último marcando o segundo mês
consecutivo de crescimento e acumulando ganho de 1,8% nesse período. Por outro
lado, o setor de bens de capital (-0,5%) apontou a única taxa negativa,
mantendo o comportamento negativo iniciado em junho de 2019, com perda acumulada
de 1,3% nesse período.
Média móvel trimestral sobe 0,4%
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução da média móvel
trimestral para o total da indústria subiu 0,4% no trimestre encerrado em
setembro de 2019 frente ao nível do mês anterior, após variar 0,1% no mês
anterior, quando interrompeu a trajetória predominantemente descendente
iniciada em agosto de 2018.
Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (0,6%), bens
de consumo duráveis (0,6%) e bens de consumo semi e não-duráveis (0,5%)
assinalaram os resultados positivos de setembro, com o primeiro intensificando
os avanços observados em julho (0,3%) e agosto (0,3%); o segundo voltando a
crescer após dois meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda
de 0,9%; e o último marcando a primeira taxa positiva desde maio de 2019. Por
outro lado, o segmento de bens de capital (-0,3%) apontou o único recuo nesse
mês e permaneceu com o comportamento negativo iniciado em julho de 2019,
acumulando nesse período queda de 0,7%.
Produção industrial cresce 1,1% em relação a setembro de 2018
Na comparação com setembro de 2018, o setor industrial cresceu 1,1%, com
resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 13 dos 26 ramos,
46 dos 79 grupos e 51,9% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que setembro
de 2019 (21 dias) teve dois dias úteis a mais do que igual mês do ano anterior
(19).
Entre as atividades, coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (5,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (6,9%) e
produtos alimentícios (3,2%) exerceram as maiores influências positivas. Vale
destacar também as seguintes contribuições positivas: bebidas (10,4%),
produtos de metal (8,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e
ópticos (9,0%), máquinas e equipamentos (3,8%) e móveis (11,4%).
Por outro lado, entre as 13 atividades que apontaram redução na
produção, as principais influências foram registradas por metalurgia (-6,6%),
indústrias extrativas (-2,7%), celulose, papel e produtos de papel (-7,0%),
produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,1%), impressão e reprodução de
gravações (-26,0%) e outros produtos químicos (-2,5%).
Bens de consumo duráveis (8,7%) assinalou o crescimento mais acentuado
entre as grandes categorias econômicas. Bens de consumo semi e não-duráveis
(1,9%) também apontou avanço mais intenso do que o observado na média
nacional (1,1%), enquanto os bens de capital (0,7%) e bens intermediários
(0,1%) completaram os resultados positivos nesse mês.
Bens de consumo duráveis cresceu 8,7%, após recuar 5,3% em agosto. O
setor foi particularmente impulsionado pela expansão na fabricação de
automóveis (4,9%) e de eletrodomésticos da “linha branca” (15,9%) e da
“linha marrom” (10,9%). Vale citar também os avanços de: motocicletas
(16,4%), móveis (14,0%) e outros eletrodomésticos (4,8%).
O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis avançou 1,9%,
após recuar 0,6% em agosto. O desempenho em setembro foi explicado, em grande
parte, pela alta no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo
doméstico (2,9%). Vale citar também os resultados positivos de semiduráveis
(5,1%) e de carburantes (5,0%). Por outro lado, o subsetor de não-duráveis
(-4,9%) apontou a única taxa negativa nessa categoria.
Bens de capital avançou 0,7%, após recuar 3,5% em agosto. O segmento foi
influenciado, em grande medida, pela alta de bens de capital para fins
industriais (10,3%), impulsionado, principalmente, pelos bens não-seriados
(51,9%), já que os bens seriados (1,9%) apontaram crescimento mais moderado. As
demais taxas positivas foram: bens de capital de uso misto (1,5%) e para
energia elétrica (0,5%). Por outro lado, os impactos negativos foram: bens de
capital agrícolas (-15,2%), equipamentos de transporte (-0,3%) e construção
(-2,8%).
Bens intermediários, ao mostrar variação positiva de 0,1%, interrompeu
três meses de taxas negativas consecutivas: junho (-6,2%), julho (-5,2%) e
agosto (-1,9%). O resultado de setembro foi explicado, principalmente, pelos
avanços nos produtos associados às atividades de: coque, produtos derivados do
petróleo e biocombustíveis (6,1%), veículos automotores, reboques e
carrocerias (11,5%), produtos alimentícios (5,8%), produtos de metal (5,8%),
máquinas e equipamentos (3,5%) e produtos têxteis (1,1%). As pressões
negativas foram registradas por metalurgia (-6,6%), indústrias extrativas
(-2,7%), celulose, papel e produtos de papel (-8,5%), outros produtos químicos
(-2,5%) e produtos de minerais não-metálicos (-0,9%). Vale citar também os
resultados positivos de insumos típicos para construção civil (2,2%) e de
embalagens (1,9%), com ambos revertendo os recuos observados no mês anterior:
-0,1% e -0,3%.
Indústria recua 1,2% no terceiro trimestre de 2019
A indústria, ao recuar 1,2% no terceiro trimestre de 2019, permaneceu com
o comportamento negativo observado desde o último trimestre de 2018 (-1,3%),
comparações contra igual período do ano anterior. O aumento na intensidade de
perda na passagem do segundo (-0,8%) para o terceiro (-1,2%) trimestre de 2019
foi explicado pela queda de ritmo de três das quatro grandes categorias
econômicas, com destaque para bens de consumo duráveis (de 6,9% para 1,1%) e
bens de capital (de 5,0% para 1,1%), pressionadas, em grande parte, pela menor
fabricação de automóveis (de 6,0% para -4,3%), na primeira; e de bens de
capital para equipamentos de transporte (de 4,9% para -0,1%), na segunda. Bens
de consumo semi e não-duráveis (de 1,6% para 0,8%) também fez esse movimento
entre os dois períodos. Bens intermediários (de -3,0% para -2,4%) foi o único
que mostrou ganho, mas ainda assim permaneceu com resultado negativo pelo
quarto trimestre consecutivo.
Em 2019, indústria acumula queda de 1,4%
No índice acumulado para janeiro-setembro de 2019, frente a igual período
do ano anterior, o setor industrial recuou 1,4%, com resultados negativos em 1
das 4 grandes categorias econômicas, 15 dos 26 ramos, 44 dos 79 grupos e 54,3%
dos 805 produtos pesquisados.
Entre as atividades, indústrias extrativas (-9,8%) exerceu a maior
influência negativa. Vale destacar também as contribuições negativas de:
celulose, papel e produtos de papel (-3,7%), outros equipamentos de transporte
(-10,9%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos
(-9,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,4%), produtos de madeira
(-5,6%), produtos de borracha e de material plástico (-1,9%) e equipamentos de
informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,8%).
Por outro lado, entre as onze atividades que aumentaram a produção, a
principal influência foi registrada de veículos automotores, reboques e
carrocerias (2,7%). Outras contribuições positivas relevantes vieram de
produtos de metal (5,0%) e de bebidas (3,6%).
Entre as grandes categorias econômicas, houve menor dinamismo para bens
intermediários (-2,4%), pressionada, sobretudo, pela redução verificada em
indústrias extrativas (-9,8%). Por outro lado, bens de consumo duráveis
(1,6%), bens de capital (0,7%) e bens de consumo semi e não-duráveis (0,4%)
assinalaram as taxas positivas. Com informações do IBGE.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 14/08/2025 10:30