Porto Alegre, 9 de outubro de 2018 – O crescimento da economia do Reino
Unido deve desacelerar para 1,4% este ano e para 1,5% no próximo, após
expansão de 1,7% em 2017, segundo relatório trimestral do Fundo Monetário
Internacional (FMI), que manteve inalteradas as previsões divulgadas no
relatório de julho.
No médio prazo, a projeção é de crescimento de 1,6% diante das
barreiras comerciais que devem ser impostas por conta da saída dos britânicos
da União Europeia (UE) – processo conhecido como Brexit.
O Reino Unido deve sair da UE em março de 2019 e está atualmente
negociando um acordo de separação. Outubro é o prazo final que as autoridades
europeias estabeleceram para que um pacto seja fechado em tempo de ser
implementado, mas questões como acesso ao mercado único europeu e a fronteira
na Irlanda do Norte têm travado o processo.
“Esperamos que as tarifas sobre o comércio com a União Europeia
permaneçam em zero e que os custos não tarifários subam moderadamente”, diz
o FMI em relatório.
Em setembro, o Fundo divulgou um documento no qual alerta que a saída dos
britânicos da UE sem acordo e sem um período de transição é o risco mais
significativo para a economia do Reino Unido no curto prazo. Na ocasião, o FMI
disse que as incertezas sobre o processo de separação já pesavam sobre
investimentos mesmo diante de um crescimento global robusto e de condições
mais fáceis de financiamento, enquanto a depreciação a libra prejudicou o
aumento da renda e do consumo.
No relatório de hoje, o Fundo recomenda que as autoridades britânicas se
concentrem em reformas que resultem no aumento da oferta de moradias, em mais
qualidade de infraestrutura para transportes e no aprimoramento do capital
humano entre os menos qualificados.
“Políticas ativas de mercado de trabalho devem facilitar a transferência
de trabalhadores em indústrias que provavelmente serão afetadas por barreiras
comerciais mais elevadas após o Brexit”, afirma o FMI.
Do lado da política monetária, o Fundo aposta em aperto modesto. No mês
passado, o Banco da Inglaterra manteve a taxa básica de juros em 0,75% ao ano e
afirmou que o ciclo de aperto monetário deve continuar ao longo dos próximos
três anos para devolver a inflação à meta de 2% de forma sustentável. A
inflação britânica foi de 2,5% em julho em base anual.
“No Reino Unido, a ociosidade é pouca e o desemprego é baixo. Um modesto
aperto na política monetária pode ser justificado, embora em um momento de
maior incerteza, a política monetária deva permanecer flexível em resposta
às mudanças nas condições associadas às negociações do Brexit”,
acrescenta o FMI. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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