Porto Alegre, 19 de janeiro de 2016 – Os países avançados devem continuar
em recuperação moderada e o Produto Interno Bruto (PIB) conjunto deve crescer
2,1% tanto em 2016 quanto em 2017, segundo o relatório trimestral do Fundo
Monetário Mundial (FMI) com projeções para a economia mundial.
Ambas as projeções estão 0,1 ponto percentual (pp) abaixo do crescimento
previsto no relatório anterior, publicado em outubro. No entanto, os dados
mostram uma leve aceleração ante o crescimento de 1,9% estimado pelo FMI para
o PIB de 2015. “Nos países avançados, uma recuperação modesta e desigual
deve continuar e a capacidade ociosa deve diminuir um pouco mais”, diz o
relatório.
Para os Estados Unidos, a projeção é de crescimento de 2,6% em 2016 e em
2017, números 0,2 pp menores que os indicados no documento de outubro. De
acordo com o FMI, a economia norte-americana se mantém robusta por conta das
condições financeiras favoráveis e do fortalecimento do mercado de trabalho e
do mercado imobiliário. “Mas ainda há desafios em decorrência do
fortalecimento do dólar, que está causando o encolhimento marginal do setor
manufatureiro norte-americano”, diz o documento.
Na zona do euro, a projeção de crescimento para 2016 passou de 1,6% para
1,7% e a previsão de 2017 permaneceu em 1,7%. Segundo o FMI, o enfraquecimento
na balança comercial foi compensado pelo forte consumo interno, que cresceu
apoiado pela baixa dos preços do petróleo. Em 2015, a expectativa é de
crescimento de 1,5%. No Reino Unido, a projeção para o PIB é de alta de 2,2%
em 2016 e em 2017.
O Japão passará a ter crescimento de 1% em 2016, maior que o 0,6%
projetado para 2015 e sem revisão ante o relatório de outubro. Em 2017, o
país deve crescer menos, 0,3%, número 0,1 pp mais baixo que o do relatório
anterior. “O crescimento no Japão deve se firmar em 2016 na esteira do
incentivo fiscal, dos menores preços do petróleo, das condições financeiras
acomodatícias e do aumento na renda”, diz o fundo, sem explicar o porquê da
desaceleração em 2017.
RECOMENDAÇÕES
Segundo o FMI, nas economias avançadas, a política monetária
acomodatícia continua sendo essencial uma vez que a inflação ainda está bem
abaixo das metas dos bancos centrais. “Onde as condições permitirem,
políticas fiscais de curto prazo devem apoiar a recuperação, especialmente
por meio de investimentos que aumentem o capital produtivo”, diz o FMI. “A
consolidação fiscal, onde necessária, deve ser amigável ao crescimento”.
As reformas estruturais, por sua vez, são específicas para cada país,
mas há áreas comuns a serem trabalhadas como o aumento da participação da
força de trabalho, a redução do endividamento e a remoção de barreiras de
entrada nos mercados de produtos e serviços.
Para a Europa, o Fundo indica que o maior desafio será integrar os
refugiados aos mercados de trabalho locais, a fim de combater o risco de
exclusão social e evitar custos fiscais no longo prazo. Para o FMI, a inclusão
dos refugiados também pode ajudar a trazer benefícios econômicos no futuro.
Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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