São Paulo, 17 de abril de 2017 – O Fundo Monetário Internacional (FMI)
revisou para cima a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
mundial este ano, graças à recuperação cíclica que ganha força e à
melhora no mercado de commodities. Em seu relatório trimestral de projeções
econômicas, o FMI prevê que a economia global cresça 3,5% em 2017, acima dos
3,4% previstos no relatório de janeiro.
O dado indica uma aceleração em relação ao crescimento de 3,1%
registrado em 2016, e a expansão deve acelerar ainda mais em 2018, para 3,6% –
mesma projeção feita em janeiro. “A atividade econômica global está
ressurgindo junto com a tão aguardada recuperação cíclica dos investimentos,
da indústria e do comércio”, diz o FMI no relatório.
Nos países emergentes e em desenvolvimento, a atividade deve passar por
uma forte retomada graças à melhora das condições para os exportadores de
commodities, que estão se beneficiando da recuperação parcial nos preços
desses produtos. A alta das cotações também deve impulsionar a inflação
mundial. Ao mesmo tempo, o crescimento deve continuar sólido na China e em
outros importadores de commodities.
O FMI projeta que o PIB dos emergentes cresça 4,5% em 2017 e 4,8% em 2018,
após a alta de 4,1% em 2016. Os dados não sofreram alteração deste o
último relatório. Já a previsão de crescimento dos países avançados este
ano foi revisada de 1,9% para 2%, e mantida em 2% para 2018. No ano passado, os
avançados cresceram 1,7%.
De acordo com o Fundo, o crescimento dos avançados se deve principalmente
à aceleração da economia dos Estados Unidos, onde a atividade foi pressionada
negativamente em 2016 por ajustes de estoques e investimentos fracos.
“Os mercados financeiros estão otimistas e esperam a continuidade dos
estímulos na China e da expansão fiscal e desregulamentação nos Estados
Unidos”, diz o FMI. “Se a confiança e o sentimento do mercado continuarem
fortes, o crescimento no curto prazo pode surpreender para o lado positivo”.
Riscos
Apesar do bom cenário, o FMI alerta que ainda existem problemas
estruturais que impedem uma recuperação mais robusta. “O balanço de riscos
continua inclinado para o lado negativo, especialmente no médio prazo”, diz o
relatório.
A baixa produtividade e a elevada desigualdade de renda são dois dos
problemas estruturais que devem persistir, enquanto as políticas protecionistas
ameaçam a integração global que vinha ajudando a economia, principalmente a
dos países emergentes e em desenvolvimento.
O risco de um aperto monetário mais rápido que o previsto nos Estados
Unidos, com a consequente apreciação do dólar, também pode restringir as
condições financeiras em outros locais. “De forma geral, uma reversão na
confiança e no sentimento do mercado pode apertar as condições financeiras e
exacerbar vulnerabilidades existentes em uma série de economias emergentes,
incluindo a China, que enfrenta o desafio de conter o crescimento do crédito”,
diz o FMI.
O desmonte da regulação financeira proposto pelo novo governo dos Estados
Unidos, por sua vez, pode levar a um crescimento mais rápido no curto prazo,
mas cria riscos à estabilidade financeira global e pode semear novas crises
financeiras no futuro. Por fim, as crescentes tensões geopolíticas seguem
ameaçando o mundo, principalmente no Oriente Médio e no Norte da África.
Recomendações
Com este panorama à frente, o FMI recomenda que as políticas econômicas
desempenhem seu papel para reduzir riscos e garantir a continuidade da
recuperação. No lado doméstico, as políticas devem apoiar a demanda,
consertar balanços dos setores onde houver desequilíbrios e impulsionar a
produtividade com reformas estruturais, investimentos em infraestrutura e outras
medidas fiscais.
Apesar da indicação de gastos orçamentários, o Fundo lembra que muitos
países ainda precisam de estratégias confiáveis para colocar a dívida
pública numa trajetória sustentável. No caso específico dos emergentes,
será preciso se ajustar à menor receita com commodities no cenário de preços
atual e resolver vulnerabilidades internas.
“O mundo também precisa de um esforço multilateral renovado para
combater uma série de desafios comuns numa economia global integrada”, diz o
FMI. “Um grande desafio para as autoridades será proteger a integração
global e a ordem econômica colaborativa, que têm sido fontes críticas de
crescimento da produtividade e de resiliência nas últimas décadas”.
As informações são da agência CMA.
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