Porto Alegre, 9 de outubro de 2018 – O Fundo Monetário Internacional (FMI)
reduziu de 3,9% para 3,7% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) mundial tanto para este ano como para o próximo, citando os riscos e
incertezas crescentes, entre eles, as disputas comerciais e os problemas
enfrentados por países emergentes. Em 2017, o PIB mundial cresceu 3,7%.
“A expansão constante que está em curso desde meados de 2016 continua,
com o crescimento em 2018 e 2019 projetado para permanecer no nível de 2017”,
diz o relatório trimestral do FMI com projeções econômicas. “Ao mesmo
tempo, a expansão se tornou menos equilibrada e pode ter atingido um pico em
algumas grandes economias. Os riscos ao crescimento têm aumentado nos últimos
seis meses e o potencial de surpresas positivas tem diminuído”.
Segundo o FMI, o rebaixamento das projeções reflete fatores que
pressionaram a atividade no início de 2018 em algumas economias avançadas, bem
como efeitos negativos das tarifas comerciais adotadas entre abril e setembro e
o cenário mais fraco para alguns dos principais países emergentes, derivado
de questões individuais, condições financeiras mais apertadas, tensões
geopolíticas e preços maiores de petróleo.
Nas economias avançadas, a previsão de crescimento do PIB de 2018 ficou
inalterada em 2,4%, enquanto para 2019 a projeção caiu de 2,2% para 2,1%. Em
2017, o crescimento foi de 2,3%. Já nos países emergentes e em desenvolvimento
a projeção do FMI é de crescimento de 4,7% este ano e no próximo, enquanto
as projeções anteriores apontavam expansão de 4,9% em 2018 e 5,1% em 2019. Em
2017 o crescimento também foi de 4,7%.
“Para além dos próximos dois anos, enquanto o hiato do produto se fecha
e a postura da política monetária começa a se normalizar, o crescimento na
maioria das economias avançadas deve desacelerar para taxas potenciais bem
abaixo das médias alcançadas antes da crise financeira”, diz o FMI.
“As perspectivas de médio prazo seguem geralmente fortes na Ásia
emergente, mas fracas em alguns mercados emergentes e em desenvolvimento,
especialmente para o crescimento per capita, incluindo nos exportadores de
commodities que continuam precisando de consolidação fiscal ou que estão
envolvidos em guerra e conflitos”, acrescenta o relatório.
Para o FMI, os riscos apontados no primeiro semestre de 2018, como as
barreiras comerciais e a reversão dos fluxos de capital de mercados emergentes,
se tornaram mais pronunciados ou se materializaram em partes.
“Embora as condições do mercado financeiro continuem acomodatícias nas
economias avançadas, elas podem se endurecer rapidamente se as tensões
comerciais e a incerteza política se intensificarem, ou se uma inflação
inesperadamente alta nos Estados Unidos causarem um aperto monetário maior que
o previsto”, diz o FMI.
O fundo destaca que os países devem evitar reações protecionistas e
encontrar soluções cooperativas que promovam o crescimento contínuo no
comércio de bens e serviços. Além disso, as autoridades devem aproveitar o
momento de crescimento acima do potencial para promover reformas que elevem a
renda no médio prazo e para reconstruir espaço fiscal que permita reagir a um
eventual aperto repentino nas condições financeiras. Com informações da
Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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