ECONOMIA: Projeção de PIB da China cai de 6,0% para 1,2% em 2020 – FMI

Porto Alegre, 14 de abril de 2020 – O Fundo Monetário Internacional (FMI)
revisou para baixo sua projeção para o crescimento da economia da China este
ano, para 1,2%, ante projeção anterior de alta de 6,0%, divulgada em janeiro.
A previsão para o ano que vem, por sua vez, foi revisada para cima, de 5,8%
para 9,2%. Em 2019, a economia chinesa avançou 6,1%.

Segundo o FMI, a revisão para baixo nas projeções para 2020 refletem os
impactos das medidas adotadas para conter a disseminação do novo coronavírus,
inicialmente detectado na província chinesa de Hubei, em dezembro do ano
passado. Na maioria dos países, os impactos econômicos da pandemia serão
sentidos no segundo semestre, mas na China será no primeiro.

“As prolongadas férias do Ano Novo Lunar, a reabertura gradual de
negócios não essenciais no país e baixa demanda por serviços como resultado
do distanciamento social implicou uma perda significativa de dias de trabalho e
uma contração severa na economia do primeiro trimestre”, segundo o FMI.

“À medida que mais países são forçados a responder à pandemia com
quarentena e esforços de contenção rigorosos do tipo vistos, por exemplo, na
China, Itália, e Espanha, isso implicará necessariamente desacelerações
acentuadas similares da atividade econômica devido ao fechamento de locais de
trabalho, restrições de viagem e mudanças comportamentais”.

O FMI destacou que produção industrial, as vendas no varejo e os
investimentos em ativos fixos caíram drasticamente na China em janeiro e
fevereiro. Além disso, o sentimento dos mercados financeiros se deteriorou
diante das preocupações com os efeitos econômicos da pandemia, levando o
Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país) a cortar juros, entre
outras medidas.

Além disso, o governo da China anunciou apoio fiscal significativo para
setores e trabalhadores fortemente impactados. O governo chinês também
suspendeu temporariamente o pagamento de impostos, seguridade social, hipoteca e
aluguel para áreas e setores mais afetados. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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