Porto Alegre, 7 de novembro de 2019 – A Comissão Europeia, braço
executivo da União Europeia, revisou para baixo a projeção de alta do Produto
Interno Bruto (PIB) da Eurozona para 2019 de 1,2% para 1,1%. O órgão também
reconsiderou para baixo sua projeção de inflação para 2019, passando de 1,3%
para 1,2%.
Segundo o órgão, o cenário econômico mundial piorou desde o último
relatório, publicado em 10 de julho, o que afeta diretamente os negócios do
bloco econômico europeu.
A Comissão destaca as incertezas em torno da guerra comercial entre China
e Estados Unidos, a saída ainda incerta do Reino Unido da União Europeia e as
tensões geopolíticas no Oriente Médio como principais motores da atual
instabilidade econômica.
De acordo com o relatório, as “incertezas sobre a política comercial
persistem, inclusive sobre as relações futuras entre o Reino Unido e o resto
do bloco, agravadas por mudanças estruturais, como também mudanças nas
preferências dos consumidores na indústria automobilística”.
A Comissão também notou que “durante o trimestre, a re-intensificação
das tensões econômicas entre os Estados Unidos e a China e a incerteza
política elevada afetaram o investimento, a fabricação e o comércio
globais”, o que, segundo ela, tornou a recuperação modesta vista no primeiro
trimestre pouco efetiva.
Com isso, o órgão explica que as empresas e fábricas tem adotado medidas
de cortes de custo em vez de aumentar os preços finais, diminuindo os valores
das mercadorias e trazendo a inflação para baixo.
Apesar disso, o documento afirma que o mercado de trabalho da região
continua forte, com uma taxa de desemprego igual ao período pré-crise. Com
isso, a renda é mais alta e o poder de consumo do povo europeu continua alto, o
que colabora para um maior consumo doméstico.
“No entanto, é improvável que todos esses fatores sejam fortes o
suficiente para impulsionar o crescimento a uma trajetória mais alta do que
este ano”, destacou a Comissão.
2020 e 2021
Já para 2020, a projeção da Comissão Europeia foi revisada de 1,6% para
1,4%. Para 2021, o prospecto é de que o crescimento fique em 1,2%. O índice
de inflação também foi revisado para baixo: o de 2020 passou de 1,3% para
1,2%. Já a projeção para 2021 foi de 1,3%.
Segundo o relatório, “nos próximos dois anos, a incerteza elevada em
torno da política comercial dos norte-americanos, as preocupações com a
capacidade da Organização Mundial do Comércio (OMC) de manter o sistema
multilateral de comércio e tensões geopolíticas no Oriente Médio devem durar
e pesar no crescimento global”.
A Comissão Europeia também destacou alguns problemas estruturais como
causa da desaceleração econômica a longo-termo. Entre elas estariam “o
envelhecimento da população e tendências de baixa produtividade, a
desaceleração da China, tendências protecionistas e o impacto das mudanças
climáticas”, concluiu. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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