Porto Alegre, 12 de fevereiro de 2015 – O fato de que a inflação do Reino
Unido está mais de 1 ponto percentual abaixo da meta do Banco da Inglaterra
(BoE) levou o presidente da instituição a escrever uma carta ao ministro das
Finanças George Osborne explicando as razões para a inflação tão baixa, as
perspectivas futuras e as respostas de política monetária necessárias.
Na carta aberta, divulgada hoje junto com o Relatório de Inflação
trimestral do banco, Mark Carney, presidente do BoE, lembra que a inflação –
de 0,5% em dezembro – atingiu seu menor nível desde maio de 2000 e pode se
reverter em deflação na primavera desde ano – ou seja, entre março e maio.
Ele argumenta, porém, que na ausência de quedas mais acentuadas nos
preços das commodities, a deflação deve durar pouco e a inflação deve
voltar a se acelerar no final do ano.
Carney justificou que dois terços do desvio da inflação atual em
relação à meta de 2% foi causado pela queda nos preços de energia, alimentos
e outros bens. O um terço restante se deve ao crescimento mais fraco dos
custos domésticos.
Apenas o componente de energia retirou 0,5 ponto percentual da inflação
de dezembro, enquanto no período pré-crise este mesmo componente normalmente
adicionava 0,3 ponto percentual.
O presidente do BoE também citou que a apreciação da libra pressionou
para baixo os preços dos produtos importados, contribuindo para a inflação
mais fraca.
Apesar de todos esses problemas, a inflação baixa e a eventual deflação
devem impulsionar a renda das famílias e ajudar na expansão econômica o que,
por sua vez, ajudará a eliminar a ociosidade restante na economia.
Segundo Carney, a eliminação dessa ociosidade será pré-requisito para
devolver a inflação à meta. A previsão é de que isso aconteça dentro de
dois anos.
“O comitê de política monetária [do BoE] continua pronto a tomar as
ações necessárias para garantir que a inflação volte à meta no tempo
adequado”, diz trecho da carta. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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