Porto Alegre, 23 de novembro de 2017 – A ampla maioria dos membros do
comitê de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) concordou em não
definir uma data concreta para o fim do programa de compra de ativos da
instituição, preferindo deixar aberta a possibilidade de uma nova extensão de
prazo, de acordo com a ata da reunião dos dias 25 e 26 de outubro.
“Dada a avaliação atual do progresso em direção à meta de inflação,
seria prematuro estabelecer uma data final para as compras”, diz o documento.
“O anúncio de uma data final poderia induzir o mercado a antecipar possíveis
ajustes de preços, o que pode levar a um aperto excessivo nas condições
financeiras”.
Para os membros do BCE, manter a data em aberto evidencia o compromisso do
banco em preservar o grau de afrouxamento monetário necessário, já que a
inflação ainda está bem abaixo do objetivo. A ata alerta que qualquer dúvida
sobre o compromisso do banco com a meta de inflação pode consolidar as
expectativas de inflação em níveis baixos.
“[Esse cenário,] juntamente com uma menor taxa de juros de equilíbrio,
pode dificultar a capacidade do Conselho do BCE de responder aos choques
futuros”, disse.
Apenas alguns membros argumentaram em favor de anunciar uma data final
clara, por acreditarem que o maior crescimento econômico, a redução de riscos
e as condições financeiras favoráveis impulsionarão a inflação da
eurozona. Eles também defenderam que o anúncio de uma data definitiva não
teria impacto forte no mercado financeiro.
De acordo com estes membros, a expansão econômica é suficientemente
robusta para suportar condições financeiras mais apertadas e anunciar uma data
final “não prejudicaria a flexibilidade do Conselho do BCE para reagir aos
dados futuros e adaptar a postura de política monetária”.
Eles disseram ainda que manter a data em aberto não é necessário a não
ser que haja risco de deflação, o que não existe hoje na zona do euro, e
alertaram que os custos de não cravar um fim para o programa estariam se
tornando maiores que os benefícios.
Na reunião de outubro, o BCE estendeu o prazo do programa de compra de
ativos de dezembro de 2017 para setembro de 2018, mas afirmou que pode mantê-lo
por mais tempo “se necessário, até que o Conselho veja um ajuste sustentado
na inflação” em direção à meta – pouco abaixo de 2%. O volume de compras
mensais passará de 60 bilhões de euros para 30 bilhões de euros a partir de
janeiro. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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