SAFRAS (27) – Os funcionários de 16 núcleos do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) permanecem em greve desde ontem e coletas de
diversas pesquisas estão suspensas. De acordo com Nelson Thomé,
diretor-executivo do sindicato que representa a categoria (Assibge), a
paralisação continuará “até que o governo atenda as reivindicações” dos
trabalhadores.
Entre as pesquisas afetadas até o momento estão o levantamento de preços
para o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) relativo a maio,
previsto para ser divulgado em 6 de junho, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME),
também referente à maio e prevista para ser divulgada em 26 de junho.
O movimento grevista ocorre em quatro unidades do Rio de Janeiro, incluindo
a sede, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do
Norte, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Rio Grande do Sul e Acre.
Outras unidades terão assembleia nesta semana e poderão aderir à greve, como
Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso. A unidade do Espírito
Santo deve parar os trabalhos a partir de quinta-feira (29).
Thomé explica que mesmo que outras unidades continuem a coletar dados, as
divulgações poderão ser prejudicadas já que uma das unidades do Rio de
Janeiro (Avenida Chile) que está em greve é a responsável pela disseminação
das informações.
Entre as reivindicações dos funcionários estão a autonomia técnica do
IBGE, a reversão de corte recente do orçamento para pesquisas, a igualdade de
salário entre servidores temporários e a democracia do instituto, o que inclui
a saída de todo o atual conselho diretor e dos chefes de unidades que estão
no cargo há mais de quatro ano.
A crise no IBGE foi deflagrada após questionamentos dos senadores Gleisi
Hoffmann (PT-PR) e Armando Monteiro (PTB-PE) no início de abril sobre a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) que
levaram ao adiamento dos dados.
Funcionários acusam o governo de tentar intervir nas pesquisas, já que a
Pnad Contínua apontaria taxa de desemprego maior. A taxa de desemprego do
quarto trimestre do ano passado medida sob o método da Pnad Contínua foi de
6,2%. Sob a metodologia atual, ela saiu de 5,2% em outubro para 4,3% em
dezembro, mínima histórica.
No dia 5 de maio o órgão voltou atrás e decidiu manter o calendário de
divulgação previsto para a Pnad Contínua. Com informações da Agência CMA.
(AB)
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50