Os elevados preços do milho e do farelo de soja, os principais insumos da atividade suinícola, resultaram em um cenário bastante desafiador ao pecuarista nacional. Em maio, a relação de troca de suíno vivo por milho e farelo foi mais desfavorável do que a de abril. Após iniciarem o mês de maio registrando leves avanços, os preços do suíno caíram com força nas semanas seguintes, pressionados pelas lentas vendas internas. Em contrapartida, os valores dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, tiveram leve aumento na média mensal, contexto que reduziu o poder de compra de suinocultores frente a esses alimentos.
Considerando-se o suíno comercializado na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho em Campinas (SP), em maio, o suinocultor paulista conseguiu comprar, em média, 3,98 quilos do cereal com a venda de um quilo de suíno, recuo de 10,8% na comparação com abril.
Já quando considerados o animal e os insumos comercializados em Chapecó (SC), foi possível ao produtor a compra de 4,19 quilos de milho,
1,7% a menos que em abril. Quanto ao farelo de soja, foi possível ao suinocultor paulista a compra de 2,68 quilos do derivado com a venda de um quilo de animal na média de maio, 7,9% a menos que em abril.
Para o produtor catarinense, a queda no mesmo período foi de 0,7%, sendo possível adquirir, em maio, 2,9 quilos de farelo com a venda de um quilo de suíno. Segundo levantamento da Equipe Grãos/Cepea, no mercado do milho, as cotações estiveram firmes ao longo do mês,
sustentadas especialmente por preocupação quanto aos impactos do clima sobre a segunda safra. O Indicador do milho de Campinas avançou 3,7% de abril para maio, com a saca de 60 kg de milho a R$ 100,72 no último mês.
No mercado de lotes da região de Chapecó, o aumento no preço foi de 1,8% no mesmo período, com a média do cereal a R$ 101,30/sc. Ainda segundo a equipe de Grãos, a lentidão nas vendas e a retração de compradores pressionaram as cotações do farelo de soja no fim do mês, mas, na média mensal, o insumo ainda registrou leve valorização. No mercado de lotes da região de Campinas, o preço da tonelada do derivado subiu 0,2% de abril para maio, a R$ 2.499,21/t. Em Chapecó, a alta foi de 0,7%, com o farelo indo a R$ 2.444,60/t.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50