Embarque de carne suína cresce 5,3% em 2015

Entre produtos in natura e processados, as exportações brasileiras de carne suína mantiveram o ritmo positivo acumulado ao longo do ano no mês de outubro. O dado é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA, São Paulo/SP). Ao todo, as embarcações atingiram 444,9 mil toneladas nos dez primeiros meses de 2015, valor 5,3% superior ao registrado no mesmo período de 2014.

Apesar disto, a receita dos embarques de 2015 registrou queda de 21% em relação ao constatado entre janeiro e outubro do ano passado, chegando a US$ 1,065 bilhão. Considerando apenas o mês de outubro, foram exportadas 51,5 mil toneladas de carne suína brasileira, volume 0,7% menor em relação ao mesmo mês do ano passado. Com este volume embarcado, os exportadores obtiveram receita de US$ 117,1 milhões, resultado 41,4% menor que em outubro de 2014.

Segundo o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, com o mercado internacional pressionado pela crise política no Leste Europeu e os problemas sanitários pelo mundo, os preços praticados em 2014 permitiram alcançar receita recorde no ano passado. “Neste ano, com o ajustamento do fluxo internacional e a estabilização do mercado, verificamos a retomada dos níveis normais de preços, o que justifica a queda da receita obtida com as exportações”, explica Turra.

Como principal mercado internacional para a carne suína do Brasil, a Rússia importou 21,4 mil toneladas em outubro, desempenho 10% inferior ao saldo alcançado no mesmo mês de 2014. No acumulado do ano, foram 200 mil toneladas embarcadas para o mercado russo, índice 30% maior na comparação com o ano passado.

Retomando a força, Hong Kong importou em outubro 11,5 mil toneladas, 13% a mais do que em 2014. Como segundo principal destino das exportações brasileiras, o país asiático acumulou elevação de 3,8% nos dez primeiros meses do ano, com total de 96,3 mil toneladas.

Para o mercado venezuelano foram exportadas 4,5 mil toneladas em outubro, 113% a mais que o ano anterior. Somando todo o volume exportado em 2015, foram 6,8 mil toneladas, 220% a mais que o saldo dos dez primeiros meses de 2014.