Porto Alegre, 11 de maio – As mudanças climáticas estão entre os
principais desafios do setor sucroenergético. O Centro-Sul, em especial, tem
enfrentado sucessivos períodos de seca, o que dificulta a vida dos produtores.
Para lidar com essa adversidade, a BP Bunge Bioenergia, uma das maiores
processadoras de cana-de-açúcar do Brasil, está ampliando suas ações para
reduzir os impactos gerados pelo clima.
Uma das soluções é o manejo de mitigação de déficit hídrico, que
minimiza a exposição dos canaviais à falta de água e voltado principalmente
às plantações com raízes menos desenvolvidas. Em linhas gerais, o projeto
consiste em promover uma organização da colheita a partir de critérios
técnicos e operacionais.
Na prática, diversos parâmetros são analisados com intuito de aumentar a
produtividade dos canaviais. A avaliação técnica considera os ambientes de
produção com opção de colheita nas áreas de maior restrição hídrica.
“Primeiramente, buscamos colher os ambientes menos produtivos. Levamos em
conta também o estágio de corte, dando preferência para os canaviais mais
novos, cujos sistemas radiculares são menos avolumados e aprofundados do que de
socarias mais antigas, fazendo com que eles sejam mais sensíveis ao déficit
hídrico”, explica Thiago de Paula e Silva, gerente de fitotecnia da BP Bunge
Bioenergia.
O projeto de mitigação de déficit hídrico contempla também a expansão
de irrigação e fertirrigação (sem vinhaça localizada), auxiliando na
brotação e melhora do ciclo produtivo. Para a safra 2022/23, a aplicação de
água ou vinhaça deve alcançar aproximadamente 60% da área plantada.
A BP Bunge utiliza a vinhaça de duas formas: por aspersão, com diluição
em água, e aplicação localizada, que tem finalidade de adubação do solo.
“Em 2020, 64% do total da nossa área de tratos culturais foi tratada com
vinhaça. Este ano, nossa expectativa é chegar a 80%.”, ressalta Thiago de
Paula e Silva.
Além do manejo de colheita e da irrigação, outras práticas são
utilizadas constantemente para promover o crescimento das raízes, como, por
exemplo, incorporação de matéria orgânica, rotação de cultura, aplicação
de adubo organomimeral e estimuladores de desenvolvimento.
Uso consciente da água
A redução na captação e no consumo de água e a qualidade dos recursos
hídricos integram os compromissos sustentáveis da BP Bunge, presentes nas
metas “Nossos Compromissos 2030”, para garantir o uso racional em todo ciclo
produtivo. As 11 usinas, distribuídas em cinco estados brasileiros, estão em
locais próximos a rios, mananciais ou cursos dágua.
Para que a captação de fontes externas seja menor, diversas etapas da
operação industrial e agrícola fazem reuso da água. É o que acontece na
lavagem da cana e nos lavadores de gases. Além disso, a utilização da água
residuária e da vinhaça no processo de fertirrigação também contribuem para
diminuir a captação nos cursos d’água para fins de irrigação.
As informações partem da assessoria de imprensa da BP Bunge.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45