Porto Alegre, 4 de agosto de 2023 – A Petrobras divulgou na noite de ontem (3) o balanço do
segundo trimestre de 2023, com lucro líquido aos acionistas de R$ 28,782 bilhões, queda de 47% na
comparação com o mesmo período de 2022, e recuo de 24,6% em relação ao primeiro trimestre deste
ano. Na comparação entre o segundo semestre de 2023 com o mesmo período de 2022, a queda do lucro
líquido foi de 32,3%.
O lucro líquido recorrente foi de R$ 28,789 bilhões, queda de 35,9% em relação ao segundo
trimestre de 2022. Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o recuo foi de 24,3%.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente diminuiu
41,2%, para R$ 58,1 bilhões. Em termos ajustados – que excluem da conta participações em
investimentos, reavaliações nos preços de ativos, resultados com desinvestimentos e realização
dos resultados por venda de participação societária -, o ebitda recuou 42,3%, para R$ 56,6
bilhões. Na comparação com o primeiro trimestre, o ebitda ajustado recuou 21,8%, e o recorrente
caiu 22,5%.
Segundo a companhia, a redução foi principalmente atribuída à desvalorização do Brent,
queda de mais de 40% nos crack spreads internacionais do diesel, menores exportações de petróleo,
aumento das importações de GNL e maiores despesas operacionais, com destaque para despesas com
impairment (R$ 1,9 bilhão) e tributárias (R$ 600 milhões).
A receita líquida foi de R$ 113,8 bilhões, queda de 33,4% na comparação anual, e recuo de
18,1% em relação ao primeiro trimestre, em grande parte devido à desvalorização de 4% do Brent
e a redução de mais de 40% nos crack spreads internacionais de diesel, além de menores receitas
com exportações.
A receita com derivados no mercado interno caiu 13% em decorrência da redução média de 17%
nos preços de derivados, acompanhando a queda de preços internacionais. Este efeito foi
parcialmente compensado por maiores volumes, com destaque para a maior competitividade da gasolina
frente às principais alternativas de suprimento dos nossos clientes.
Houve uma queda de 37% nas receitas de exportações em comparação ao primeiro trimestre,
explicadas principalmente pela redução de 50% nas receitas de exportação de petróleo. Tal
cenário se deveu, em grande medida, à diminuição do volume físico de exportações no segundo
trimestre, ocasionado pelo aumento do processamento nas refinarias e à realização, no primeiro
trimestre, de exportações de períodos anteriores.
Durante o segundo trimestre, os principais produtos comercializados continuaram sendo o diesel e
a gasolina, os quais responderam por aproximadamente 74% da receita gerada com a venda de derivados.
O resultado financeiro foi negativo em R$ 300 milhões, ante um resultado negativo de R$ 3,2
bilhões no primeiro trimestre. A melhora no resultado pode ser explicada principalmente pelo maior
ganho com a variação cambial do real frente ao dólar (+R$ 3,2 bilhões), que valorizou 5,1% no
segundo trimestre (de R$ 5,08/US$ em 31/03/2023 para R$ 4,82/US$ em 30/06/2023) versus uma
valorização de 2,6% no primeiro trimestre (de R$ 5,22/US$ em 31/12/2022 para R$ 5,08/US$ em
31/03/2023). Este efeito foi parcialmente compensado, basicamente, pela atualização monetária
pela taxa Selic dos dividendos complementares do exercício de 2022 (-R$ 1,8 bilhão).
Os investimentos totalizaram US$ 3,2 bilhões, 31% acima do primeiro trimestre, devido
principalmente aos grandes projetos do pré-sal e ao impacto do bônus de assinatura relativo aos
campos de Sudoeste de Sagitário, Água Marinha e Norte de Brava.
As informações são da Agência CMA.
Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50