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EMPRESAS: Petrobras defende uso de combustíveis fósseis por mais décadas

19 de maio de 2022
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Porto Alegre, 19 de maio de 2022 – O diretor de Desenvolvimento da
Produção Petrobras, João Henrique Rittershaussen, disse na tarde de hoje que
a matriz energética deve continuar sendo a baseada nos combustíveis fósseis,
mesmo depois de 2050. O executivo participou do painel Inovações tecnológicas
e descarbonização no setor de óleo e gás, que aconteceu dentro do congresso
“Mercado Global de Carbono Descarbonização & Investimentos Verdes”,
organizado pelo Banco do Brasil, Petrobras e governo federal.

O painel contou com representantes de empresas do setor de Óleo e Gás, e
todos eles concordaram que não conseguem visualizar uma outra matriz
energética que não a fóssil nas próximas décadas e que, por isso, é tão
importante a descarbonização desse setor.

Acreditamos na transição, mas não se pode abrir mão da matriz de
combustíveis fósseis de forma imediata. A energia tem custo representativo
para as famílias e as empresas e cerca de 60% do caixa operacional da
companhia, disse Rittershaussen. Se não houver investimento, a diminuição de
petróleo vai causar falta de energia, no Brasil”, disse.

O executivo disse que a Petrobras está alinhada às diretrizes do Acordo de
Paris, documento elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em
alerta ao aquecimento global e às emissões de carbono na atmosfera. O Acordo
de Paris fala da redução do uso de petróleo até 2040, mas o executivo disse
que a mudança da matriz energética exige uma mudança comportamental e é
“adequado esperar que o petróleo se mantenha na matriz energética por mais
algumas décadas.”

De fato, relatório divulgado pelas Nações Unidas em outubro de 2021,
mediu e comparou os níveis da produção planejada de carvão, petróleo e gás
pelos governos e os níveis de produção global que seriam necessários para
alcançar os limites de temperatura do Acordo de Paris e concluiu que dois anos
depois, esta lacuna de produção está praticamente inalterada.

O representante da Petrobras indicou que o retorno que a exploração de
combustíveis fósseis proporciona deve ser investido em busca de novas
reservas.

O Vice-presidente da Shell Brasil, Flavio Rodrigues, disse que atualmente o
retorno decorrente da exploração de óleo é muito maior do que das energias
renováveis e que, por isso, esse deve ser o papel dessas empresas na
transição energética. Temos papel na geração de recursos para investir e
fazer a descarbonização nos locais onde a gente opera e que isso é possível.

Para que isso aconteça, o CEO Petrogal Brasil & Country Chair Galp, Daniel
Elias, disse que é necessário que a indústria tenha conhecimento e
infraestrutura, as quais, na opinião dele, existe no setor de óleo e gás do
Brasil.

O Óleo continua sendo a nossa principal matriz, mesmo depois de 2050, mas
40% abaixo de carbonização do nível mundial. O óleo vai se tornar mais
eficiente.

ESTRATÉGIAS

A estratégia de baixo carbono da Petrobras, disse ele, consiste em uma
produção de baixo custo de forma a manter a competitividade. conseguir
produzir petróleo com baixa emissão enquanto gera valor. Estamos pensando em
um barril de petróleo a US$35 no longo prazo.

Segundo o executivo, a Petrobras já reduziu quase metade das emissões,
sobretudo, pela qualidade das tecnologias escolhidas, como por exemplo, as
plataformas 100% elétricas, que reduzem em 20% as emissões de efeito estufa em
relação aos modelos anteriores, segundo João Henrique
Rittershaussen.

Outra iniciativa, uma tecnologia chamada Hisep separa o dióxido de carbono
(CO2) e reinjeta gás com alto teor de CO2 no leito de submarino, de modo a
facilitar a extração do óleo.

Nosso plano estratégico prevê investimento de US$ 2,6 bilhões em baixo
carbono, e um Fundo Corporativo de US$ 248 milhões, ele concluiu.

Já a Shell disse ter “um compromisso claro com a transição energética”
e que a remuneração dos colaboradores está conectada a essas metas Estamos
investindo R$ 2 a 3 milhões de reais em energias renováveis e soluções
baseadas na natureza. Estamos também alocando 27% do capex e opex emenergias
renováveis e queremos aumentar para 45% até 2030, disse Flavio Rodrigues.

Adriano Bastos, CEO da BP Brasil, disse que a demanda de combustíveis
fósseis do Brasil é três vezes maior que a da China. Estamos consumindo os
recursos naturais do Planeta muito mais rápido do que ele é capaz de repor,
concluiu.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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