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EMPRESAS: Shell, Raízen, Hytron, USP e SENAI formam parceria para conversão de etanol em hidrogênio renovável

1 de setembro de 2022
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Porto Alegre, 1 de setembro de 2022 – Porto Alegre, 01 de setembro de 2022 A Shell Brasil,
Raízen, Hytron, Universidade de São Paulo (USP) e o SENAI CETIQT assinaram um acordo de
cooperação para desenvolvimento de plantas de produção de hidrogênio renovável (H2) a partir
do etanol. A parceria tem como foco a validação da tecnologia através da construção de duas
plantas dimensionadas para produzir 5 kg/h de hidrogênio e, posteriormente, a implementação de
uma planta 10 vezes maior, de 44,5 kg/h.

O acordo inclui também uma estação de abastecimento veicular (HRS – Hydrogen Refuelling
Station) no campus da USP, na cidade de São Paulo. Um dos ônibus utilizados pelos estudantes e
visitantes da Cidade Universitária deixará de utilizar diesel e os tradicionais motores a
combustão interna para começar a utilizar hidrogênio produzido a partir do etanol e motores
equipados com células a combustível (Fuell Cell). Com início da operação prevista para 2023, a
iniciativa surge como uma solução de baixo carbono para transporte pesado, incluindo caminhões e
ônibus, com o primeiro posto a hidrogênio de etanol do Brasil e no mundo.

O hidrogênio a partir de etanol será produzido de forma inovadora com o biocombustível
fornecido pela Raízen e a tecnologia desenvolvida e fabricada pela Hytron, que atualmente pertence
ao grupo alemão Neuman & Esser Group (NEA Group), com suporte do Instituto SENAI de Inovação em
Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT, com financiamento da Shell Brasil. Estamos empolgados em
ver que um projeto que se iniciou como um sonho de estudantes dentro da universidade agora se torna
uma solução de alto impacto para a transição energética do País e do mundo, aponta o CEO da
Hytron, Marcelo Veneroso.

Atualmente, o hidrogênio tem uso predominante na indústria química e é produzido em unidades
industriais próximas a refinarias a partir do gás natural. No futuro, existe a expetativa que o H2
produzido a partir de energia elétrica renovável, como solar e eólica, terá um papel importante
para a descarbonização de vários setores industriais e de transporte pesado. Porém, o transporte
deste produto é complexo, pois exige a compressão ou liquefação para armazenamento em cilindros
ou em carretas, encarecendo a logística. Neste cenário, a produção do hidrogênio via conversão
do etanol representa um avanço na disponibilidade de combustíveis renováveis por meio de uma nova
rota tecnológica para expansão de soluções sustentáveis no País e no mundo. Esta iniciativa é
pioneira na produção de hidrogênio renovável, em grande escala, a partir do etanol sintetiza
Julio Romano Meneghini, diretor-executivo e científico do Research Centre for Greenhouse Gas
Innovation (RCGI) da USP.

A produção local, descentralizada e de baixo investimento de hidrogênio renovável por meio
da reforma do etanol, é uma alternativa interessante para setores como o de transporte pesado, que
tem uma perspectiva de crescimento expressiva na utilização dessa solução, cuja disponibilidade
e escalabilidade são essenciais. Além de transporte pesado, neste momento, estamos buscando por
parceiros que possuem interesse em aplicar esta tecnologia para a descarbonização de outros
setores, aponta Mateus Lopes, diretor de Transição Energética e Investimentos da Raízen. A
empresa será, ao lado da Shell, a responsável pela liderança do desenvolvimento do mercado de H2
a partir de etanol.

Por meio deste acordo para a produção de hidrogênio verde, as empresas iniciam uma nova etapa
na produção de renováveis, contribuindo com a descarbonização da economia e ampliando seus
portfólios de produtos. A tecnologia pode ser facilmente instalada em postos de combustíveis
convencionais, o que não exigiria mudanças na infraestrutura de distribuição, garantindo que o
hidrogênio estará pronto para abastecer os veículos de forma rápida e segura, explica Alexandre
Breda, gerente de Tecnologia em Baixo Carbono da Shell Brasil e vice-diretor executivo do RCGI. O
uso do hidrogênio não está restrito ao setor de transporte e beneficiará outros segmentos no
país, no que diz respeito à substituição de fontes de energia fóssil., afirma. O projeto será
financiado pela Shell Brasil, por meio da cláusula de Pesquisa e Desenvolvimento da ANP, com
investimento de aproximadamente R 50 milhões.

Com a produção de hidrogênio a partir de etanol, as empresas e instituições parceiras
iniciam uma nova etapa na produção de combustíveis renováveis, contribuindo com a
descarbonização não só no setor de transportes, como também na siderurgia, mineração e
agronegócio. A trajetória do etanol no Brasil começa na década de 1950, mas tem um grande
incentivo entre os anos 1980 e 2000, quando diminuímos nossa dependência da gasolina, aponta
Marcos Buckeridge, pesquisador do RCGI, considerado uma autoridade internacional em bioenergia.
Entre 2000 e 2020 começamos a produzir o etanol de segunda geração e entramos em uma segunda
fase. Agora, devemos iniciar uma nova fase dessa história de sucesso.

“A USP se transformará em um grande laboratório de pesquisa na área de energias renováveis e
no desenvolvimento sustentável. Nesse projeto, estudaremos a viabilidade energética da extração
do hidrogênio a partir do etanol e seu uso em ônibus circulares e as soluções encontradas
poderão ser transferidas para nossas cidades. Tem sido fundamental para a USP a parceria com
empresas que valorizem a pesquisa científica como modo de transformação social”, aponta Carlos
Gilberto Carlotti Junior, reitor da USP.

As informações partem da assessoria de imprensa das empresas.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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