Porto Alegre, 28 de junho de 2022 – A Usina Coruripe, uma das maiores e
principais empresas do setor sucroenergético no país, segue registrando
recordes nos resultados operacionais nas quatro unidades produtivas da companhia
em Minas Gerais e uma em Alagoas. As demonstrações financeiras da safra de
cana-de-açúcar 2021/2022, auditadas pela PwC Brasil e divulgadas ontem, 27 de
junho, destacam que o lucro líquido total foi de R$ 417 milhões, 23% superior
ao registrado na safra passada.
No período, o faturamento líquido total foi de R$ 2,987 bilhões, número
próximo ao da safra passada (R$ 3,04 bilhões), mesmo com a queda no volume de
cana-de-açúcar processado, que se deu em função de seca e geadas na região
do Triângulo Mineiro, onde estão localizadas quatro unidades. A quebra em
relação ao orçamento foi de 9,9% e, em relação à safra anterior, chegou a
20,9%.
Do total da moagem de cana de açúcar na safra 2021/2022, 60,7% foi
destinado à produção de açúcar (4,7% cristal voltado para o mercado
doméstico e 56% açúcar tipo VHP para exportação) e 39,3% para a produção
de etanol. O bom resultado na receita de vendas foi motivado, sobretudo, pela
significativa valorização do açúcar equivalente: 20,9% no período. Destaque
expressivo também para o preço do etanol, que subiu 56,2% em relação à
safra anterior, compensando, assim, as quebras de produção que ocorreram
devido às condições climáticas desfavoráveis.
“Como resultado dos investimentos na operação, incluindo aportes em
equipamentos de irrigação, ganhos de eficiência, gestão de ativos e
aproveitamento de oportunidades de mercado, alcançamos uma melhora
significativa nos preços de açúcar, etanol e energia e mantivemos as receitas
estáveis, mesmo diante das adversidades climáticas”, destaca o presidente da
Usina Coruripe, Mario Lorencatto.
O Ebitda ajustado da Coruripe chegou a R$ 1,08 bilhão, valor acima do
orçado para o período (1,06 bilhão), e houve reversão da liquidez corrente
para 1,04 (na safra passada, era de 0,79). Segundo Lorencatto, durante a safra
2021/2022, a companhia manteve o foco nas áreas de saúde e segurança de seus
colaboradores, além de iniciativas socioambientais. A empresa também vem dando
ênfase cada vez maior à gestão e ao controle de custos, inovação
tecnológica e transformação digital, “visando competitividade e eficiência
operacional cada vez melhores”. “Os investimentos continuam voltados para a
recuperação do canavial, projetos de irrigação, atualização tecnológica
das unidades de produção, eficiência operacional e novos produtos”,
complementa. No período, a empresa expandiu sua atuação no mercado de
saneantes e lançou uma marca própria de álcool líquido 70%.
Financiamentos e alongamento da dívida
Outro destaque registrado no relatório auditado pela PwC foi o alongamento
de 75% da dívida com as operações de debêntures incentivadas e financiamento
contratado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
além da mais relevante operação de bond, no valor de US$ 300 milhões,
aproximadamente R$ 1,59 bilhão, com prazo de cinco anos, bullet, direcionada
para liquidação em sua totalidade da anterior linha referente ao sindicato de
bancos. “Também houve uma redução significativa na exposição em dólar
(de 52% para 13%) no perfil da dívida”, comenta o diretor financeiro da
Coruripe, Thierry Soret. Assim, a dívida líquida x Ebitda foi de 2,44, melhor
que previsto no orçamento (2,48). Ele destaca que têm sido os melhores
resultados na história de 96 anos da empresa, “consolidando uma Nova Coruripe,
pronta para conquistar novos recordes”.
Na safra passada, a empresa captou R$ 100 milhões com a emissão de uma
dívida no mercado de capitais utilizando a Lei 12.431/11, que estabeleceu as
debêntures de infraestrutura, conhecidas como “debêntures incentivadas”.
Depois de concluir outras duas operações para reestruturação da dívida da
companhia (emissão de bonds e CDCA), a Coruripe também obteve R$ 193 milhões
em um financiamento do BNDES. O aporte integra uma linha do banco ligada ao
programa federal de incentivo aos biocombustíveis Renovabio e é uma operação
de longo prazo, com extensão de sete anos para pagamento e dois anos de
carência.
As informações partem da assessoria de imprensa da Usina Coruripe.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45