ENERGIA: Suinocultores do Vale do Piranga conhecem novas alternativas

Porto Alegre, 26 de outubro de 2015 – Produtores de suínos do Vale do
Piranga decidiram conhecer de perto as inovações tecnológicas para produção
de energia renovável. O motivo é o interesse em contar com as novidades do
mercado, que podem otimizar o funcionamento das granjas e contribuir com o
crescimento do setor.

Os suinocultores receberam o apoio do Sebrae e Assuvap e viajaram ao estado
do Rio Grande do Sul, visitando as cidades de Bento Gonçalves e Farroupilha,
em 20/10, onde tiveram contato com os novos produtos da CHP Brasil.

“A viagem foi excelente para os produtores aprimorarem conhecimento e
verem na pratica os benefícios que as novas alternativas de energia podem
trazer para as granjas e para todos, afinal, isso é uma alternativa de
preservação do meio ambiente em que vivemos”, ressaltou Lorena Fonseca
(Comunicação Assuvap/Coosuiponte).

A CHP foi criada para oferecer equipamentos de geração de energia com
fontes menos poluentes, atendendo às necessidades de grandes empresas até
pequenas residências, que visam economia de energia, aumento de eficiência
energética, geração contínua, ou simplesmente ter gerador para emergência.

A empresa tem como foco a cogeração com gás natural e biogás. O
Biogás, que por sua vez, pode ser classificado como biocombustível por ser uma
fonte de energia renovável e um passivo ambiental.

Biocombustível na suinocultura

Os dejetos suínos já foram considerados fontes de poluição, mas agora
se tornaram fontes ricas em energia limpa, beneficiando granjas e terceiros. Os
dejetos dos animais são bombeados para reservatório, onde funciona um
biodigestor, que tem a função de captar o metano – produzido por bactérias
que digerem matéria orgânica – e encaminhá-lo para um gerador, que é movido
pela queima desses gases e produz energia elétrica (que pode ser utilizada para
consumo próprio da granja).

Atualmente muitas granjas de suínos já contam com biodigestores,
inclusive aqui no Vale do Piranga, e o resultado é bem produtivo. Por isso
suinocultores buscam a cada dia por novas tecnologias, ainda mais eficazes e que
aperfeiçoam o rendimento nas granjas.

O Gerente Geral da Assuvap/Coosuiponte, Júlio Márcio Natali, reforça a
ideia de que as atividades da suinocultura possuem a matéria prima necessária
para a geração de energia limpa e renovável, o que pode favorecer muito ao
meio ambiente. “A potencialidade é enorme e existe a necessidade de recursos
(financiamentos) do governo para essa área. Essa energia pode ser usada para
consumo próprio da granja e o excedente pode ser disponibilizado na rede da
Cemig, por exemplo, para uso em outras unidades consumidoras”, acrescentou.

Projeto com Cemig é realidade

A par deste potencial da suinocultura na produção de energia, a Cemig já
se reuniu, em duas ocasiões, com os representantes da prefeitura de Ponte Nova
e do setor suinícola do Vale do Piranga, para dar mais um passo à viabilidade
do projeto de acordo de solução energética na região.

Nos encontros, entre as questões tratadas, ficou acertado que o
suinocultor que já possui a tecnologia para a geração de energia, pode,
depois de toda a documentação legal e exigida pela Cemig de acordo com a lei,
aproveitar o excedente da produção de energia, armazenando na rede da Cemig em
forma de crédito. Um ganho para o meio ambiente (e para o bolso). Com
informações da assessoria de imprensa da Assuvap.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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